Segundo Renato Franzin, o obstáculo vem do ciclo tecnológico dos aparelhos, ou seja, o período entre sua disponibilização no mercado e sua obsolescência
A tecnologia das Smart TVs, televisores conectados à internet que possibilitam o acesso a conteúdos além do plano de canais por assinatura, não acompanha as mudanças no ramo dos streamings e pode se tornar ultrapassada rapidamente. O obstáculo vem do ciclo tecnológico dos aparelhos, ou seja, o período entre sua disponibilização no mercado e sua obsolescência: nesse meio tempo, requerem atualizações e acessórios extras para comportarem todas as novas funcionalidades.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Renato Franzin, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP, explica que “nos últimos anos, você realizava a troca da sua TV buscando uma melhor qualidade de imagem”. Após a resolução das telas atingir sua maturidade tecnológica, com o surgimento de televisores 4K, o tempo médio até a substituição dos aparelhos aumentou de dois para cinco anos, segundo o professor. “As pessoas ficam com suas TVs por mais tempo, e os serviços se tornam ultrapassados.”
Há uma vasta gama de possibilidades para solucionar a questão sem realizar a troca da TV, conta Franzin. Empresas de tecnologia como o Google, Amazon e Apple, por exemplo, fabricam dispositivos que, quando acoplados na televisão, permitem a exibição de aplicativos de streaming diversos e a transmissão de conteúdos do celular ou computador. O professor destaca que o preço de tais equipamentos, que possuem controle remoto próprio e são conhecidos como dongles, varia de acordo com o fabricante, mas é possível encontrar opções com valores muito abaixo do preço de uma nova televisão.
“Aquela definição de TV que a gente tinha mudou: agora, ela é apenas uma tela, e o que vai aparecer nessa tela nós podemos decidir”
“Nós também estamos em um momento de virada do modo como as operadoras de TV oferecem serviços”, finaliza Franzin. “Algumas marcas já estão oferecendo o dispositivo com a possibilidade de baixar aplicativos”, tendência que pode solucionar as limitações dos televisores Smart.
Fonte: Jornal da USP
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