O fim de semana foi marcado por uma forte nuvem de poeira que cobriu o sul do Amazonas e o sudoeste do Pará. A fuligem é resultado das queimadas que estão se intensificando na porção sul da Amazônia nas últimas semanas, favorecidas pelo tempo seco e pelo avanço do desmatamento nesta região. De 1º de agosto até o último domingo (21/8), o INPE detectou mais de 16 mil focos de incêndio na Amazônia brasileira, com Pará (7.495) e Amazonas (3.974) liderando a lista dos estados com maior quantidade de focos.
Alcançe das queimadas
Na última 6ª feira (19/8), a nuvem negra chegou a Manaus, distante cerca de 860 km de distância dos principais focos de queimadas. A Amazônia Real conversou com Alberto Setzer, coordenador de monitoramento de queimadas do INPE, que explicou que a pluma de fumaça que cobriu a capital amazonense vem dos municípios paraenses de Altamira, Novo Progresso, Jacareacanga, Itaituba, São Félix do Xingu e Trairão, além dos municípios de Apuí, Novo Aripuanã e Manicoré, no sul do AM.
Já A Crítica destacou a análise do meteorologista Willy Hagi, que assinalou como a fuligem chegou a áreas tão distantes dos incêndios. “A passagem de um sistema meteorológico frontal pelo sul de Amazonas, Acre e Rondônia nos últimos dias acabou ajudando a trazer um pouco da poluição dessas regiões para cá [Manaus]. Justamente por isso, é esperado que essa condição de qualidade do ar deteriorada na capital continue nos próximos dias”.
No norte do Mato Grosso, os incêndios também estão causando problemas. De acordo com o g1, o fogo chegou a atingir uma área residencial em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá. Mais distante, em Cláudia (608 km da capital), houve registro de queimadas em áreas de reserva permanente.
Texto publicado originalmente em CLIMA INFO
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