Artigo publicado na revista Perspectives in Ecology and Conservation e comentado por Lais Modelli, no Mongabay, mostra o lado cheio e o lado vazio do copo da preservação da Amazônia.
Por um lado, o estudo explica que transformar cerca de 80% da Amazônia em Áreas de Conservação ambiental custaria ao Brasil, por ano, sete vezes menos por hectare do que a União Europeia investe para manter todas as suas áreas de preservação. Os autores calcularam que o Brasil gastaria entre US$ 1,7 e US$ 2,8 bilhões por ano para proteger 3,5 milhões de km2 de floresta – o equivalente a 83% da extensão total do bioma Amazônia no Brasil. Atualmente, as Áreas de Conservação na Amazônia ocupam 2,2 milhões de km2, ou 51% do bioma. A diferença, de 1,3 milhões de km2, exigiria um investimento inicial de US$ 1 a US$ 1,6 bilhão. A União Europeia, por sua vez, gasta cerca de US$ 5,3 bilhões anualmente para manter apenas 1 milhão de hectares de áreas preservadas – o equivalente a meio estado de Sergipe.
No entanto, o gasto estimado é elevado quando comparado ao orçamento total do Ministério do Meio Ambiente, que em 2022 é de apenas R$ 3,1 bilhões – ou US$ 700 milhões.
#Ficadica para quem assumir o governo em 2023.
E por falar em eleições, duas pré-candidaturas estão tentando dar destaque à questão ambiental. A chapa Lula/Alckmin mudou o programa de governo para destacar a Amazônia, segundo informa a Folha. Simone Tebet, por sua vez, declarou-se contra o desmatamento ilegal, como informa ((o))Eco. Mas, cá entre nós, condenar ilegalidades é o mínimo que se espera de qualquer candidato, não é mesmo?
Publicação feita originalmente no Clima INFO
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