A Polícia Federal realizou ontem (20/7) a Operação Uiara III para desbaratar uma organização criminosa que explorara o garimpo ilegal na região de Jutaí, no oeste do Amazonas. Entre os alvos da ação, está o prefeito do município, Pedro Macario Barbosa, bem como secretários e assessores municipais, acusados de cobrar propina dos garimpeiros. Os policiais executaram dez mandados de busca e apreensão em Jutaí e Manaus.
De acordo com os investigadores, Barbosa seria o chefe do grupo de agentes públicos que estaria cobrando propina, paga em dinheiro ou em ouro. Uma irmã do prefeito foi detida em flagrante pela PF durante a operação, com uma quantidade não divulgada de ouro e cerca de R$ 40 mil em espécie.
Em novembro passado, Barbosa foi preso pela polícia com 200 gramas de ouro quando tentava embarcar no aeroporto de Tefé em um voo para Manaus. A PF sustenta que o prefeito também possui uma draga que serve no garimpo em Jutaí.
O Globo noticiou que a PF realizou sobrevoos ao longo desta 4a feira sobre os rios Jutaí e Bóia em busca de balsas de garimpo ligadas ao esquema. Já Andréia Sadi destacou no g1 que o prefeito utilizava a sede da secretaria municipal de meio ambiente de Jutaí para recebimento de propina dos garimpeiros. Em alguns casos, o pagamento era feito direto para ele; em outros, o secretário recebia os valores ilegais.
Junto com os mandados, a Justiça também decidiu pelo afastamento provisório de Barbosa do comando da prefeitura de Jutaí, além de afastar outros agentes públicos suspeitos de participar do grupo criminoso.
CNN Brasil, g1 e Metrópoles, entre outros, também repercutiram a notícia.
Texto publicado originalmente em CLIMA INFO
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