O senador e ex-prefeito de Bogotá Gustavo Petro, de 62 anos, fez história ontem ao se tornar o primeiro político de esquerda eleito presidente da Colômbia. Mas foi apertado. Ele obteve 50,44% dos votos, vencendo o empresário conservador Rodolfo Hernández, que, embora fosse ex-prefeito da cidade de Bucaramanga, apresentava-se como um outsider da política. Na década de 1980 o presidente eleito integrou o grupo guerrilheiro M-19, até ser preso em 1985. Em 1990, participou da transformação da guerrilha em partido político e foi eleito deputado no ano seguinte. Essa é a terceira vez que tenta a presidência. A eleição é inédita também por levar ao poder, como vice, a primeira mulher negra na história do país, a advogada e ativista dos direitos humanos Francia Marquez. Líderes de diversos países da América Latina parabenizaram Petro, mas o governo brasileiro não se manifestou. Fonte G1
Apesar de ter sido apelidado de ‘Trump colombiano’, Hernández divulgou um vídeo reconhecendo prontamente a derrota. “Aceito o resultado, como deve ser se desejamos que nossas instituições sejam firmes. Espero sinceramente que esta decisão venha em benefício para todos e que a Colômbia se transforme. Desejo ao doutor Gustavo Petro que saiba dirigir o país e que seja fiel a seu discurso contra a corrupção”, disse o político de 77 anos. (Infobae)
Maurício Moura, do Instituto de Pesquisa Ideia: “A mensagem colombiana corrobora uma tendência consistente na América Latina moderna: está cada vez mais duro ser governo. Na Argentina, Mauricio Macri perdeu a reeleição porque seu governo era mais desaprovado que aprovado. Vale ressaltar que o argentino melhorou sua popularidade durante a campanha, mas não foi suficiente. Na Bolívia, o governo provisório, amplamente mal avaliado, amargou uma derrota. No Peru, dois candidatos amplamente (Pedro Castillo e Keiko Fujimori) contrários ao presidente em exercício foram ao segundo turno. Recentemente no Chile, o ex-líder estudantil e esquerdista Gabriel Boric, é claramente contrário ao ex-mandatário Sebastian Piñera. Portanto, na América Latina, buscar reeleição passou a ser sinônimo de viver na corda bamba. Mudança, acima de tudo, é o novo normal.” Fonte Exame
E a eleição legislativa
Na França acabou mal para o presidente Emmanuel Macron. Embora sua aliança de centro-direita, Juntos, tenha sido a mais votada, perdeu a maioria absoluta na Assembleia Nacional, obtendo 245 das 577 cadeiras. Em segundo veio a coligação de esquerda liderada por Jean-Luc Mélenchon, com 131 deputados, enquanto o partido de extrema-direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, saltou de oito para 89 assentos. Sem controlar o Legislativo, Macron terá de negociar para aprovar propostas como o aumento da idade para a aposentadoria e maior integração com a União Europeia, malvistas pelas outras forças na Assembleia. Fonte: CNN-Brasil
Fonte: CNN-Brasil, Exame, G1, Infobae (Canal Mail)
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