Várias praias do Ceará estão poluídas por manchas de óleo – é o segundo evento deste tipo somente em 2022 no estado. Até 5ª feira (10/2) onze municípios cearenses tinham comunicado o aparecimento das manchas. Na sexta, o g1 reportava 33 praias afetadas no estado; no sábado já eram 64.
Cerca de 4 mil litros de petróleo cru tinham sido retirados das praias neste final de semana, quando apenas 10 praias estavam próprias para banho em Fortaleza. A maioria das praias limpas está na porção central e oeste da capital, enquanto a maior parte dos trechos leste, que engloba as praias do Futuro, Serviluz e Sabiaguaba, estavam sem condições de balneabilidade.
Os episódios lembram o desastre ocorrido em 2019, quando grandes volumes de óleo cru chegaram a vastas áreas do litoral brasileiro, sobretudo no Nordeste. Na investigação, concluída em agosto de 2020, a Marinha não conseguiu apontar a origem, nem culpados pelos vazamentos.
Conforme apurou a Folha, diferentemente do que aconteceu em 2019, a origem deste óleo é compatível com o produto explorado na costa brasileira. A constatação aponta para três hipóteses: vazamento natural de petróleo do fundo do mar, processo conhecido como exsudação; acidente em operação de perfuração de poços; ou acidente em navio de transporte de petróleo.
O aparecimento de manchas de petróleo no litoral brasileiro tem se tornado frequente, com ao menos outros dois incidentes semelhantes, mas de menor proporção, registrados no país de 2019. Em 2020, manchas foram encontradas em três praias de Pernambuco e duas de Alagoas. Em agosto de 2021, fragmentos de óleo apareceram em praias de Fernando de Noronha. A Marinha não esclareceu esses eventos até o momento, mas a principal hipótese informada à imprensa na ocasião apontava para descartes de navio.
Em tempo: Bolsonaro indicou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernando Wandscheer, para a vaga na diretoria da ANP aberta com a saída de Dirceu Amorelli em novembro do ano passado. Wandscheer é advogado e chegou na Secretaria Executiva do MMA após a saída de Ricardo Salles e a sua substituição pelo então secretário-executivo da pasta, Joaquim Leite. A agência epbr e o Valor repercutem a indicação.
Fonte: ClimaInfo
Comentários