Nos últimos anos, as Terras Indígenas brasileiras experimentaram um avanço da exploração ilegal de madeira, realizada por grupos criminosos cada vez mais sofisticados, movimentando milhões de reais em equipamentos, insumos e mercadoria.
Lavagem de madeira ilegal por meio de documentos
O Fantástico (TV Globo) exibiu uma megarreportagem no último domingo (20/11) que sintetizou nove meses de trabalho de agentes da Polícia Federal e do IBAMA em sete reservas indígenas na Amazônia, que abrangem mais de 3 mil km2 de floresta. Desde o ato da invasão e do desmate até a “lavagem” da madeira ilegal retirada dessas áreas, por meio de documentos fraudados, a matéria de Sonia Bridi lançou luz sobre os mecanismos utilizados pelos criminosos para lucrar em cima da devastação da maior floresta tropical do mundo.
As Terras Indígenas são aliadas eficazes no combate ao desmatamento. Os índices de devastação costumam ser significativamente menores nestas áreas em comparação com outros tipos fundiários. No entanto, o desmonte recente da fiscalização ambiental e indígena e a política leniente do atual governo federal serviram de combustível para o crescimento do desmatamento nessas regiões, ameaçando muitos dos trechos mais bem preservados da floresta amazônica.
Em tempo: Por falar em desmatamento, o site Pará Terra Boa destacou a situação da Floresta Estadual (Flota) do Paru, no norte paraense. A unidade é a 5a mais desmatada da Amazônia. “Estamos vendo a grilagem e o garimpo avançarem no território, colocando em risco o extrativismo de castanha-do-pará e o manejo florestal, práticas sustentáveis”, afirmou Jakeline Pereira, pesquisadora do Imazon e conselheira da Flota do Paru.
Texto publicado originalmente em CLIMA INFO
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