Análise realizada pelo INPE sobre os números de maio ainda está incompleta, mas a área sob alertas nos primeiros cinco meses do ano já mostra alta na destruição
O desmatamento continua em alta na Amazônia. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de alertas registrados nos cinco primeiros meses do ano é o maior desde 2016. No período, foram contabilizados 2.744,41 km² de áreas sob alerta. E a análise do instituto para o mês de maio ainda não terminou. A medição, atualizada na última sexta-feira (3), ainda só vai até o dia 27. Isto é, esse número ainda vai crescer.
O acumulado de 2022 já representa 21% de tudo que foi desmatado no ano de 2021, quando 13.038 km² (taxa consolidada) de florestas vieram ao chão. A expectativa é que, se o desmatamento continuar no ritmo que está, a cifra para este ano chegue a 15 mil km² de destruição na Amazônia.
Em relação ao mesmo periodo do ano passado (janeiro a maio de 2021), a área desmatada no acumulado de 2022 é 8% maior.
Desmatamento nos Estados
O Amazonas foi o estado com maior número de alertas registrados: 364,29 km², sendo a maior parte (34%) dentro de Florestas Públicas Não Destinadas. Assentamentos e áreas com Cadastro Ambiental Rural registrado aparecem empatadas em segundo lugar, com 27% cada.
O Pará, de acordo com o INPE, aparece em segundo lugar no ranking, com 225,18 km² sob alerta. Também neste estado a categoria mais desmatada foi a de Florestas Públicas Não Destinadas (26,4%), seguida por Áreas de Proteção Ambiental (26,2%). Cerca de 13% do desmatamento aconteceu dentro de unidades de conservação.
O terceiro lugar ficou com Rondônia, que registrou 196,96 km² de áreas sob alertas, sendo 24,2% dentro de Florestas Públicas Não Destinadas, 28,5% em áreas com registro de CAR, 18% em Áreas de Proteção Ambiental e 12,4% dentro de unidades de conservação.
“O verão Amazônico ainda nem começou e a estação seca do Cerrado está só no início e o Brasil já está batendo novos recordes na destruição ambiental. Infelizmente o ocorrido não pode ser considerado uma surpresa, tendo em vista que é resultado direto de uma política antiambiental aplicada por quase quatro anos”, disse, a ((o))eco, Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace Brasil.
Fonte: O Eco
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