Mesmo com a redução dos preços dos combustíveis obtida na base do canetaço e do tratoraço no Congresso Nacional, o governo federal segue, em plena campanha eleitoral, procurando maneiras para evitar possíveis reajustes da gasolina e do diesel nos próximos meses. Nesta 4a feira (27/7), o conselho de administração da Petrobras decidiu flexibilizar parte do processo decisório em torno da política de preços.
Pela decisão, o colegiado máximo da estatal passará a ter atribuição de supervisão sobre o comitê interno responsável pelos reajustes de preços. Por ora, no entanto, a definição dos preços seguirá a paridade com o mercado internacional: ou seja, os preços domésticos deverão seguir alinhados com os preços externos.
Esta paridade com os preços internacionais é uma das principais broncas do atual governo com a Petrobras, sendo responsável pela alta rotatividade no comando da empresa nos últimos anos.
O governo também aguarda a eleição de uma nova composição do conselho de administração, depois de confirmar o nome de Caio Paes de Andrade no comando da Petrobras. Oito nomes foram indicados pelo Palácio do Planalto, inclusive um auxiliar da Casa Civil, Jhonatas Assunção, que já foi rejeitado pelos órgãos internos de governança da empresa por possibilidade de conflito de interesses. A indicação de Assunção, no entanto, foi mantida.
E a coisa não deve parar por aí. A Folha noticiou que o presidente da República sinalizou a um grupo de empresárias, durante jantar em São Paulo, que novas mudanças na Petrobras podem acontecer nas próximas semanas para evitar futuros reajustes nos preços dos combustíveis.
Agência Brasil, Carta Capital, CNN Brasil, Estadão, Folha, g1, Metrópoles e O Globo, entre outros, repercutiram a decisão da Petrobras.
Texto publicado originalmente por CLIMA INFO
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