O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) apresentou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU uma denúncia contra as autoridades brasileiras por conta da agressão de policiais militares em Mato Grosso do Sul contra duas comunidades Guarani-Kaiowá na semana passada. O episódio resultou na morte de um indígena, Vitor Fernandes, que não sobreviveu aos ferimentos. Jamil Chade deu mais informações no UOL.
A ação da PM aconteceu na última 5ª feira (24/6). Sem autorização judicial, os policiais expulsaram famílias indígenas de um terreno em Amambai com uso de violência desproporcional. A tropa de choque teria utilizado armamento letal e até mesmo um helicóptero, que serviu como plataforma de tiro contra os indígenas no solo. Além da morte de Fernandes, o CIMI confirmou que pelo menos outras nove pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade. Um deles segue internado em uma unidade de tratamento intensivo em Ponta Porã.
“Nos últimos anos, o estado do Mato Grosso do Sul reuniu um amplo histórico de uso de forças de segurança pública, em especial a PM, em despejos ilegais e invariavelmente violentos contra indígenas. A desastrosa ação contra o Tekoha Guapo’y acrescenta mais um capítulo a esta triste história”, afirmou o CIMI em nota.
A vítima morta foi enterrada nesta 3ª feira (28/6) em Amambaí. Mais de 2 mil pessoas participaram do velório e do funeral, onde destacaram a violência policial contra os indígenas e reforçaram o apelo por Justiça pela morte de Fernandes. A notícia é d’O Globo, que também informou sobre a soltura de oito indígenas que tinham sido detidos pela PM durante a ação. O g1 fez um panorama sobre o conflito, com todas as informações já apuradas.
Texto publicado originalmente em Clima INFO
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