A intensificação da mudança do clima pode resultar na perda de 4% do PIB mundial por ano até 2050, com um impacto significativamente maior nos países em desenvolvimento e nas comunidades de baixa renda. A conclusão é de um levantamento feito pela agência de classificação de risco S&P Global, que analisou os impactos de eventos extremos e outros efeitos da crise climática nas condições econômicas de 135 países.
De acordo com a análise, as perdas econômicas anuais associadas ao clima ficam entre 3,3% (no cenário em que os compromissos de mitigação do Acordo de Paris são cumpridos) e 4,5% (no cenário sem nenhuma medida de mitigação e adaptação) até 2050. As projeções a partir das políticas atualmente em vigor apontaram para uma perda potencial de 4% por ano no PIB global.
Mas essas perdas não são iguais ao redor do mundo. No pior cenário, por exemplo, as perdas de PIB dos países de renda média e baixa chegam a ser 3,6 vezes superiores, em média, do que em nações mais ricas. Países como Bangladesh, Índia, Paquistão e Sri Lanka, todos no sul da Ásia, podem acumular perdas anuais de até 18% do PIB – o triplo do esperado na América do Norte e dez vezes mais do que o projetado para a Europa.
Bloomberg e Reuters repercutiram os principais pontos do relatório. A Folhatambém abordou o assunto.
Em tempo: Por falar em perdas associadas a eventos extremos, um relatóriodo Climate Council para a Austrália mostrou que a intensificação desses episódios pode deixar o setor de seguros em uma situação delicada no país. Pelo menos uma em cada 25 famílias terão dificuldades para encontrar alguma empresa que concorde em assegurá-la por conta do alto risco de sinistro. As áreas de maior risco são principalmente aquelas mais propensas a inundações e ciclones nos estados de Queensland e Victoria. Guardian e Independentdestacaram essa notícia.
Fonte: Clima Info
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