Será que em 2023 o Brasil e a Amazônia se unirão para um país com oportunidades para todos? Ou será que 2023 será um ano onde apenas alguns merecem a evolução? O que será valorizado pela economia e pela sociedade nacional? O ódio ou a construção? A leitura da realidade da grande imprensa está cada vez mais estranha
Por Augusto Cesar Barreto Rocha
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Um dos maiores problemas nas infindáveis discussões de políticas públicas é entender o grupo de interessados. Eles dificilmente são revelados de maneira clara; por vezes um grupo é apontado como o interessado, mas em verdade é outro. Assim, o que me parece que será o maior desafio para 2023 é compreender esta luta das partes interessadas. Afinal, neste ambiente falta clareza do que seria um campo em comum para se tornar o interesse de todos.
Enquanto não houver harmonia do que é o Brasil e que o interesse do país é privilegiar seus cidadãos, ficaremos perdidos em agradar estrangeiros, regras falaciosas e consensos do império. Proteger a floresta é bom? Sim, desde que exista vantagem para sociedade brasileira. Usar a floresta Amazônica para pasto ou soja é bom? Não, porque há maneiras muitos mais prósperas para usar este recurso e isso se torna contra nosso interesse.
Temos sempre um mundo de escolhas para fazer e seguiremos conforme nossos desejos e crenças. Acredito que existe uma melhor realidade para todos, com mais oportunidades de crescimento envolvendo todos os extratos sociais. Isso deveria se harmônico, ao unir brasileiros, mas nem nisto encontramos mínimos consensos.
É estranho quando se percebe tanta raiva em Editoriais de jornais, como da Folha de São Paulo na última semana, que reduzem a visão de mundo a uma pequena parte da realidade, quando o mundo contemporâneo caminha para o oposto: não há como dissociar nada de nada. Os valores de cada um devem nortear as aproximações e os afastamentos. Queremos um mundo próspero para todos ou só para alguns?
Será que em 2023 o Brasil e a Amazônia se unirão para um país com oportunidades para todos? Ou será que 2023 será um ano onde apenas alguns merecem a evolução? O que será valorizado pela economia e pela sociedade nacional? O ódio ou a construção? A leitura da realidade da grande imprensa está cada vez mais estranha. A emissão de opiniões sobre o que fazer é cada vez menos pelo coletivo nacional e mais pelo interesse de pequenos grupos econômicos – que são meigamente chamados de “mercado”.
Olhar a forma como cada um dos grupos que compõem o Brasil percebem o país é desnorteador. Grandes representantes da mídia entendem como o único esforço coletivo a “economia”, mas não a economia para todos, mas apenas a economia de alguns poucos. Que 2023 seja um ano onde as oportunidades sejam ampliadas e que o pensamento vise um ganho sistêmico, ao invés dos pequenos grupos de interesse. Será que conseguiremos?
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