Uma invenção de pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, teve sua patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi). A concessão é referente à invenção “Formulação fitoterápica contendo extrato de embaúba com atividade cicatrizante”, cujos pesquisadores são Elita Scio Fontes; Danielle Maria de Oliveira Aragão; Ana Paula do Nascimento Duque; Nícolas de Castro Campos Pinto; e Maria Christina Marques Nogueira Castanon, vinculados ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
A patente trata do uso de extratos aquosos, orgânicos e hidroalcoólicos das folhas de embaúba (Cecropia pachystachya Trécul, URTICACEAE); isoladamente e/ou em misturas de diferentes proporções para compor formulações farmacêuticas indicadas para uso via tópica na apresentação de gel para tratamento de feridas no menor tempo possível, com o mínimo de dor, desconforto e cicatrizes para o paciente.
O tratamento das feridas com géis contendo os extratos além de ter favorecido a hemostasia, protegeu o leito da úlcera e o tecido em formação, conferindo uma proteção mecânica à região de reparo.
Outras pesquisas
Com a mesma espécie, a UFJF também já desenvolveu um produto que promete auxiliar no tratamento de pacientes diabéticos. Trata-se do GLICO-CP, um fitoterápico hipoglicemiante capaz de diminuir em 70% a glicemia dos animais testados com apenas uma dose diária, ao contrário dos medicamentos antidiabéticos que reduziram a glicemia em 50%, com duas doses.
Além de reduzir a glicemia nos animais com a doença, o fitoterápico potencializa o sistema antioxidante, sem causar nenhum dano ao fígado ou aos rins. Também foi observado o aumento do HDL, conhecido como “bom colesterol”.
Ambas pesquisas tiveram apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A concessão da patente à UFJF pelo composto cicatrizante é de particular importância para a Instituição, uma vez que menos de 2% das patentes de fitoterápicos foram concedidas pelo Inpi nos últimos anos. Além disso, é um dos processos para que o fitoterápico chegue às farmácias e hospitais.
Com informações da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)/ CicloVivo
Comentários