“Somente com ciência é possível produzir com sustentabilidade”. Essa foi uma das primeiras afirmações do diretor de P&D Guy de Capdeville feita durante o programa Conexão Ciência. O diretor enfatizou o quanto a tecnologia é importante e fez diferença ao longo de décadas para a agropecuária brasileira chegar ao patamar atual de aumentar a produtividade sem expandir a área plantada.
Exemplo disso, segundo Capdeville, é a soja, que teve suas áreas preservadas em 73 milhões de hectares. “Sem o uso dessas tecnologias, a área plantada de soja seria 200% maior”, comentou. O diretor citou outros exemplos como o cultivo do algodão e a produção de frutas que obtiveram excelentes resultados com a adoção de tecnologias poupa-terra. Além disso, destacou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como uma importante tecnologia para se ter o efeito de aumentar a produtividade por área.
“A grande vantagem do efeito poupa-terra é a possibilidade de crescimento vertical e não horizontal, ou seja, ocupando mais terra. Se considerarmos desde a década de 70 até agora, esse efeito foi incrível, pois reduzimos em quase três milhões de hectares para se ter o mesmo volume de produção que tínhamos na década de 70 em quatro milhões de hectares”, explicou.
Capdeville ressaltou ainda que todos esses benefícios resultam também em sustentabilidade ambiental, já que a adoção dessas tecnologias permite a redução da expansão em área, do desmatamento e do uso de defensivos agrícolas.
Todas essas informações sobre o que são as tecnologias poupa-terra e os benefícios que elas proporcionaram para agropecuária brasileira estão reunidas em uma publicação editada pelo diretor e pelo seu assessor Samuel Telhado. Segundo Capdeville, o livro apresenta dados de grande valor, “já que foram obtidos ao longo de décadas, o que mostra robustez aos resultados divulgados.”
Confira abaixo a entrevista na íntegra.
Fonte: Embrapa
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