Rostos de indígenas brasileiros foram projetados em árvores da Floresta Amazônica, e o resultado é belíssimo. A intervenção, de autoria do fotógrafo e artista francês Philippe Echaroux, tem como objetivo chamar a atenção para o desmatamento que devasta a floresta.
As projeções demonstram a conexão profunda entre a natureza e seus habitantes, ressaltando a necessidade da preservação ambiental.
O francês, que se considera um artista ativista, faz o que chama de “Street Art 2.0”: arte de rua sem tintas, apenas luz. E muito menos ruas, no caso deste projeto.
Philippe Echaroux fotografou retratos de membros da tribo Suruí, grupo indígena brasileiro dos estados de Rondônia e Mato Grosso. O líder da tribo, Almir Narayamoga Suruí, foi convidado pelo governo brasileiro para ajudar na preservação da floresta. Ele, por sua vez, convidou o francês para utilizar a arte como um apelo contra o desmatamento e destruição da floresta.
Vítima da exploração madeireira ilegal e de mineradores que não hesitam em violar o território Suruí, o grupo indígena quer a conscientização sobre essa horrível e gananciosa exploração que põe em risco todo um território e seu povo.
Descrevendo a inspiração por trás do projeto, Echaroux diz que “Quando você corta uma árvore, é como se derrubasse um homem”.
A série fotográfica compôs a exposição “The Crying Forest” (“A Floresta que Chora”), da Galerie Taglialatella, em Paris, no ano de 2016.
Philippe Echaroux é muito conhecido em todo mundo por seu trabalho fotográfico junto a celebridades e publicidades. Philippe também gosta muito de produzir projetos pessoais com significados que fazem as pessoas refletirem sobre determinado assunto.
O resultado final é realmente incrível e tocante! Confira no vídeo abaixo (em francês) o making-of do projeto:
Fonte: Revista Prosa Verso e Arte
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