A atual cheia do Rio Negro, no Amazonas, já é a segunda pior já registrada na história, e especialistas preveem que a situação se agrave até se tornar a pior cheia já registrada na região. A série de registros começou em 1902, e o cenário atual levou as autoridades locais a decretar situação de emergência em Manaus e região, com as águas já alcançando a alfândega da cidade e pontos turísticos do centro da capital do estado.
A maior marca da série histórica foi registrada em 2012, com cheia do rio em 29,97 metros, mas a cheia atual alcançou no dia 19 de maio em Manaus a dimensão de 29,84 metros. A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é que em junho o nível do Rio Negro ultrapasse os 30 metros, podendo chegar até 30,35 metros, para se tornar a pior cheia já registrada. Dos 62 municípios do estado do Amazonas, calcula-se que 52 estão alagados. Em Parintins, a cheia do Rio Amazonas já é a maior já registrada.
Os dados da defesa civil afirmam que 408.827 pessoas estão atualmente afetadas pela cheia, que ameaça a vida, as estruturas e a economia das cidades. Ainda não é possível prever a data da vazante, quando o nível do rio começa enfim a se reduzir – a ocorrência das chuvas e a intensidade serão determinantes para o estabelecimento de tal período, que pode se dar ao longo de todo o restante do ano.
O motivo do quadro atual estaria nas intensas chuvas que assolam toda a bacia do Rio Negro e afluentes desde o começo do ano e a influência da subida do nível do Rio Solimões. O fenômeno meteorológico La Niña trouxe essa grande quantidade de chuva para a região principalmente no início do ano, fazendo assim acumular as grandes quantidades de água na bacia do rio.
Fonte: Hypeness
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