A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, participou, nesta quarta-feira (27), do painel interativo Destravando a Inovação para transformar Sistemas Alimentares, promovido pelo Fórum Econômico Mundial de Davos, para a promoção do debate sobre novas tecnologias e modelos de negócio na transformação de sistemas alimentares até 2030.
A ministra apresentou as principais ações adotadas pelo Governo Federal para modernizar a agricultura brasileira, e afirmou que “a transformação digital tem ocorrido muito rapidamente no Brasil e o agronegócio precisa estar inserido nesse contexto de mudança”.
“A inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global. É o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar com preservação ambiental”, ressaltou. As diretrizes estratégicas do ministério apresentadas pela ministra são: sustentabilidade, inovação aberta, bioeconomia, agregação de valor e agricultura digital.
Os investimentos em tecnologia e inovação dentro e fora do campo também foram apresentados durante o fórum. Segundo a ministra, os volumes de investimentos em agrotech saltaram de U$ 4 milhões em 2013 para mais de U$ 200 milhões em 2019. “Hoje nós temos um ecossistema de inovação agropecuária dos mais vibrantes do mundo. Startups ligadas ao agro estão desenvolvendo tecnologias e negócios em diversas cadeias produtivas da nossa agropecuária. Temos institutos de pesquisas, universidades, empresas, investidores privados congregados em aproximadamente 20 hubbies espalhados pelas mais diversas regiões do Brasil.”
Inclusão
Um outro ponto apresentado pela ministra foi o trabalho que vem sendo promovido para expandir a conectividade no campo e promover inclusão entre toda a cadeia produtiva, integrando principalmente o pequeno produtor. “Nós temos mais de 4,5 milhões de pequenos produtores e essa integração fará com que os jovens fiquem no campo, possam trabalhar, mantenham suas famílias, e não deixar a população tão envelhecida que nós temos hoje no meio rural. E também ajudar, e muito, as mulheres que trabalham no campo”, explicou.
As mulheres rurais, que representam 20% dos estabelecimentos rurais, também foram retratadas como prioridade pela ministra. “Nesse contexto, eu destaco a quinta edição da campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, lançada no segundo semestre de 2020 com apoio da FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura], para dar mais visibilidade às mulheres que trabalham no campo. As mulheres indígenas, afrodescendentes e valorizando a sua contribuição. Dar a elas adequado acesso à tecnologia é essencial para o desenvolvimento das atividades agropecuárias nacionais.”
Destravando a Inovação para transformar Sistemas Alimentares
O painel Destravando a Inovação para transformar Sistemas Alimentares abordou o desafio em alimentar de maneira sustentável quase 9,7 bilhões de pessoas até 2030.
Novas tecnologias e sistemas alimentares modernos podem promover a amenização dos impactos ambientais, diminuir o desperdício, garantir a inclusão de mais de 500 milhões de pequenos fazendeiros ao redor do mundo e incluir a juventude, mulheres e crianças no processo de criação de um sistema de alimentação sustentável.
Fonte: Jornal do Commercio – JCAM
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