O angelim vermelho é dono do recorde de árvore mais alta da Amazônia. O mundial é uma sequoia-vermelha dos Estados Unidos, de 115,7 metros (38 andares). O tropical é uma shorea faguetiana de 100,8 metros, na Malásia.
Pesquisadores de diferentes países, identificaram a árvore mais alta da Amazônia: o angelim vermelho (Dinizia excelsa). A árvore tem 88 metros de altura – algo equivalente a um prédio de 24 andares. Sua altura é um recorde para a Amazônia brasileira, que ainda não tinha registrado nenhuma árvore com mais de 70 metros de altura. Na mesma área do gigante, pesquisadores encontraram outros exemplares de angelim com mais de 80 metros.
Durante 2016 e 2018, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) capturou imagens de vastas extensões da floresta amazônica com tecnologia radar laser” que faz sensoriamento remoto. Foram rastreadas 850 áreas, cada uma com 12 quilômetros de comprimento e 300 metros de largura. Em sete, os cientistas identificaram árvores que superavam os 80 metros. Seis dessas coleções, estavam localizada na região do rio Jari, afluente do rio Amazonas, entre os estados do Amapá e Pará, numa zona remota de difícil acesso.
Em termos de comparação, a Estátua da Liberdade, em Nova York, tem 93 metros de altura, incluindo a base. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros da base até o topo da cabeça. Isto é, a árvore encontrada na Amazônia é um pouco menor que o principal símbolo de NY e bem maior que a estátua mais famosa do Brasil.
Como explicar essa altura surpreendente?
Os pesquisadores acreditam que a altura recorde está relacionada com a grande distância de áreas urbanas e zonas industriais – o local onde os angelins foram encontrados está a mais de 200 km da ocupação humana -, ou essas árvores podem ser uma “espécie pioneira”, ou seja, a primeira a habitar uma região que sofreu algum tipo de devastação.
Filtro Natural
Cada Angelim Vermelho é capaz de reter a mesma quantidade de carbono que um hectare de selva tropical. Isso quer dizer que pode armazenar até 40 toneladas de carbono, o que equivale ao que absorveriam entre 300 e 500 árvores pequenas.
Fonte: Portal Amazônia
Comentários