Um levantamento feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) identificou violações ambientais que estão sendo cometidas pela empresa Hidrovias do Brasil, prejudicando a vida de comunidades, populações ribeirinhas e a Floresta Amazônica. A empresa tem entre seus acionistas a International Finance Corporation (IFC), braço de investimentos do Banco Mundial. Segundo a Deutsche Welle, a instituição teria condicionado o investimento ao cumprimento de padrões de desempenho e sustentabilidade socioambiental pela Hidrovias do Brasil, mas o monitoramento dessas ações não está sendo feito adequadamente.
De acordo com o dossiê, a Hidrovias do Brasil tem descumprido sistematicamente uma série de medidas que deveriam ser adotadas para mitigação dos impactos negativos de suas operações na região de Itaituba (PA), que se transformou nos últimos anos em um importante centro de transporte de commodities, conectando a rodovia BR-163 e o rio Tapajós. Um exemplo é a situação da vizinha Miritituba, que deveria ter sido beneficiada com a construção de um desvio que impediria a passagem frequente de caminhões dentro da cidade; no entanto, a obra nunca saiu do papel e os moradores estão sofrendo com o aumento do tráfego e, consequentemente, de ocorrências de acidentes de trânsito, bem como poluição e aumento dos índices de violência, comércio ilegal de drogas e prostituição impulsionados pela passagem dos caminhões.
Em tempo: O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem (2/3) que a Procuradoria-Geral da República investigue a venda de áreas dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação pelo Facebook. O caso foi denunciado na semana passada pela BBC Brasil. A decisão foi tomada no âmbito de uma ação apresentada por partidos de oposição e pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) contra a conduta do governo Bolsonaro no combate à COVID-19 entre os indígenas.
Fonte: ClimaInfo
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