Em poucos meses, as emissões globais de carbono resultantes da geração de energia poderão superar os níveis pré-pandemia, impondo dificuldades adicionais ao esforço contra a mudança do clima nesta década. O alerta é da Agência Internacional de Energia (IEA), que apresentou nesta 3ª feira (2/3) uma análise sobre a trajetória das emissões associadas ao setor energético em 2020. Segundo o levantamento, as emissões de CO2 relacionadas à energia caíram 5,8% no ano passado, em decorrência da queda de 4% na demanda. Em termos absolutos, quase 2 bilhões de toneladas de CO2 foram evitadas em 2020, comparável ao total de emissões da União Europeia no cenário pré-pandemia, a maior queda da história moderna. No entanto, a tendência observada no 2º semestre de 2020 foi de aumento substancial das emissões: dezembro passado fechou com emissões 2% maiores do que no mesmo mês em 2019.
“Estamos colocando em risco a oportunidade histórica de tornar 2019 o pico definitivo das emissões globais”, comentou Fatih Birol, diretor-executivo da IEA. “Se nos próximos meses os governos não implementarem as políticas corretas de energia limpa, podemos voltar ao business as usual, com uma economia intensiva em carbono”.
Bloomberg, Financial Times e Guardian repercutiram os dados da IEA.
Fonte: ClimaInfo
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