Para garantir alimentos naturais e sem agrotóxicos, o grupo que administra o Restaurante Vila Paraíso e as duas unidades Padocas do Vila, em Campinas, interior de São Paulo, decidiu apostar no sistema agroflorestal para cultivar as próprias frutas, hortaliças e verduras.
Inicialmente, a agrofloresta vai ocupar um terreno de 6 mil metros quadrados dentro de uma fazenda de 300 mil metros quadrados localizada em Área de Proteção Ambiental (APA) no Distrito de Joaquim Egídio, em Campinas, onde estão o restaurante e uma das unidades da Padoca. O projeto teve inicio em dezembro, e será implantado em dez fases.
Na agrofloresta serão plantados produtos consumidos pelo restaurante e nas Padocas, como, por exemplo, alface, rúcula, pitanga, acerola, banana, frutas nativas, grumixama, cereja do Rio Grande dentre outras, com colheitas que acontecem a partir de ciclos curtos até ciclos mais longos.
O plano prevê plantas medicinais e aromáticas e plantio de madeiras exóticas que serão colhidas no longo prazo, abrindo espaço para que, futuramente, o sistema seja rejuvenescido.
Agrofloresta
Júlia Zanetti, uma das pessoas do grupo à frente do projeto, explica que agrofloresta é um meio de produção utilizando a observação da natureza e a inteligência humana para acelerar e otimizar os processos de desenvolvimento das plantas.
Sem veneno, utiliza-se da diversidade, leva em consideração a necessidade de sol, o tempo que as plantas precisam para crescer e consórcios de plantas adequadas ao clima e região em que o sistema será implantado.
“O Vila e a Padoca talvez sejam pioneiros no sentido de querer oferecer os alimentos provenientes de sistemas agroflorestais para consumo nos restaurante e na padaria”, conta Ricardo Barreira, um dos sócios do Grupo e Chef responsável das casas.
Cultivo e meio ambiente
Ao mesmo tempo em que promove o plantio, cultivo e consumo de produtos naturais e livres de agrotóxicos, a agrofloresta também é um importante aliado para o meio ambiente da região onde ela é implantada. Isso porque ajuda a preservar o solo, na recuperação de áreas degradadas, preservação e nascimento de novas nascentes e para evitar o chamado efeito estufa.
“São muitos pontos positivos para o meio ambiente, porque beneficia o solo e permite que o mesmo absorva melhor a água, podendo até atrair novas nascentes e regenerar a natureza”, explica Júlia. “E já há casos em que este sistema transformou o microclima de uma região”.
Fonte: Ciclo Vivo
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