O agravamento da crise hídrica no Brasil forçou o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a solicitar a realização de estudos sobre medidas para preservar mais água nos reservatórios de hidrelétricas durante o período úmido e sobre as condições de atendimento eletroenergético na transição do período seco para a temporada de chuvas de 2021. O objetivo dessas análises é ter mais insumos sobre os cenários de disponibilidade hídrica e geração hidrelétrica em 2022.
Ao mesmo tempo, o CMSE também autorizou ações adicionais para aumentar a retenção de água nos reservatórios para garantir o suprimento de energia elétrica no país. No mês passado, foram registradas novamente no Sistema Nacional Interligado (SNI) os piores índices de chuva em 91 anos, referentes ao período de setembro a julho, com valores próximos de 54% na média. Os reservatórios fecharam julho com armazenamento de 25,97% no Sudeste/Centro-Oeste, 47,87% no Sul, 54,81% no Nordeste e 79,11% no Norte.
Outra medida aprovada pelo CMSE foi a disponibilização de um terceiro navio regaseificador no terminal de Pecém (CE) para fornecimento de gás natural para as usinas termelétricas. O colegiado também autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico a flexibilizar a operação do SNI, para ampliar o intercâmbio entre os subsistemas e aproveitar excedentes energéticos regionais.
Canal Energia e CNN Brasil repercutiram essa notícia.
Em tempo: O G1 mostrou os reflexos da crise hídrica na bacia do Paraguai. O nível do rio chegou a 54 cm nesta 4ª feira (4/7) no município de Cáceres, quando o esperado seria de 1,73 m; há um ano, o Paraguai tinha 85 cm de altura. Por causa disso, o Serviço Geológico do Brasil alertou para a possibilidade de restrições no abastecimento de água em Mato Grosso.
Fonte: ClimaInfo
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