Um estudo do Instituto Escolhas mostrou que a extração de ouro e diamantes na Amazônia gera impacto econômico bastante limitado na região, sem efeitos positivos de longo prazo. A conclusão contesta uma das defesas mais comuns da prática de garimpo na Floresta Amazônica: a de que a atividade gera renda e desenvolvimento para uma área carente e sem alternativas econômicas imediatas. De acordo com a análise, o impacto do garimpo nos indicadores sociais é incipiente e com efeitos que não passam de cinco anos. Ou seja, um custo ambiental alto não beneficia a população da região amazônica no longo prazo.
“Tanto a extração de ouro como a de diamantes […] acaba gerando benefício para poucos e um rastro de pobreza e destruição ambiental para muitos”, argumentou Larissa Rodrigues, coordenadora do estudo, ao Valor. “É uma atividade que não é capaz de gerar desenvolvimento para a população”.
Em tempo 1: A Polícia Federal realizou na semana passada uma operação para investigar e interromper atividades de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Segundo o Estadão, agentes federais cumpriram dez mandados de busca e apreensão em Roraima e Mato Grosso do Sul. Os investigadores identificaram ao menos 20 pistas ilegais de pouso dentro da TI e apontaram que a expansão irregular da mineração causou a degradação ambiental de cerca de 6 mil hectares entre 2018 e 2020.
Em tempo 2: O governador de Rondônia, Marcos Rocha, assinou um decreto na 6ª feira (29/1) regulamentando o garimpo em rios do estado. Desde 1991, a atividade era proibida em virtude dos impactos sociais e ambientais negativos das atividades. O novo decreto abre espaço para a exploração de ouro nas margens do rio Madeira, a ser licenciada somente pela secretaria de desenvolvimento ambiental de RO. O G1 deu mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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