O fundo multimercado Verde, carteira com mais de 20 anos de existência e com um patrimônio multibilionário administrado por Luís Stuhlberger, voltou a abrir para captações. As duas últimas vezes em que o fundo reabriu para captação foram em 2018 e em 2007.
A captação será feita por meio dos chamados “fundos espelho” -carteiras que investem em um “fundo-mãe” e, assim, espelham seu desempenho- e, segundo fontes a par do assunto, deve chegar na casa dos bilhões de reais.
Os fundos espelhos costumam tornar a carteira mais acessível aos investidores, já que os fundos-mãe (como são chamadas as carteiras principais) normalmente possuem investimento inicial alto e são dedicados apenas a investidores qualificados, ou seja, pessoa física ou jurídica que possua aplicações financeiras em valor igual ou superior a R$ 1 milhão e que ateste essa condição por escrito, ou que possua alguma certificação da CVM.
Nesta reabertura, o fundo de Stuhlberger terá investimento inicial mínimo de R$ 50 mil. As movimentações adicionais podem ser feitas a partir de R$ 10 mil. O saldo mínimo para manter os recursos no fundo também é de R$ 10 mil. O prazo de resgate é de 60 dias.
Desde 1997, quando foi criado, o Fundo Verde totaliza mais de 18.000% de retorno -como base de comparação, o CDI rendeu 2.224% no período. O fundo cobra taxa de administração de 1,5% -valor que pode mudar, dependendo da corretora de investimento- e taxa de performance, sobre o desempenho, de 20%.
George Wachsmann, sócio da Vitreo – uma das empresas com fundo espelho do Verde- afirmou que a demanda pelo produto já é alta. Em cerca de quatro dias, praticamente dois terços da captação alvo já havia sido alcançada.
“É um fundo que tem um histórico de performance muito consistente e que provavelmente é um dos melhores fundos do Brasil. Apesar de todo mundo que teve um pedaço da captação do Verde ter um certo tempo para conseguir todo o dinheiro, esse é um volume que historicamente termina logo nos primeiros dias”, disse.
A expectativa é que as intenções de compra dos fundos espelhos sejam enviadas entre os dias 22 e 26 de fevereiro.
A reabertura para captação de fundos renomados não se limita a esse caso. Desde o ano passado, carteiras têm aproveitado o momento de mercado para recolher dinheiro -seja para repor quantias resgatadas ou para aproveitar boas oportunidades.
Em 2020, depois dos derretimentos dos mercados acionários pelo mundo com a chegada da pandemia do coronavírus, fundos de gestoras como Atmos, Bogari e Dynamo reabriram. As aplicações mínimas variavam de R$ 50 mil e R$ 300 mil.
Com uma reabertura limitada, essas carteiras normalmente batem suas metas de captação muito rapidamente.
“É como o Fundo Verde. Ele é muito escasso, então é muito desejado. Tem um histórico muito grande, e retornos muitos bons. Para fundos assim, a melhor opção é uma consistência de investimentos no longo prazo”, disse Wachsmann.
Para alocar recursos no Fundo Verde, o investidor pode entrar e escolher qualquer uma das plataformas que receberão ofertas por meio de seus fundos espelho.
Fonte: Amazonas Atual
Comentários