As origens destes animais remontam a milhões de anos; o termo é usado popularmente para definir espécies que preservaram suas características
A partir da descoberta de um peixe chamado “Celacanto”, as discussões sobre os popularmente conhecidos “fósseis vivos” voltaram a intrigar os pesquisadores. Um novo estudo sobre essa espécie revelou que esses gigantes de águas profundas possuem uma vida útil aproximadamente cinco vezes maior do que se acreditava anteriormente e que as fêmeas carregam seus filhotes por cinco anos – o período de gestação mais longo já conhecido de todos os animais.
Mas estes animais não são os únicos que podem ser classificados como “fósseis vivos”. A classificação, no entanto, não é usada por cientistas já que fósseis, por definição, são restos de animais (ou registros de suas atividades) preservados por muitos anos e, portanto, não podem estar vivos de fato.
Os chamados “fósseis vivos”, então, são espécies que permanecem durante milhões de anos sem sofrer grandes mutações e, portanto, se assemelham aos seus primeiros registros na história.
Um desses exemplos é o crocodilo – eles surgiram há aproximadamente 248 milhões de anos e conviveram com os dinossauros. As tartarugas também resistiram ao tempo – os primeiros quelônios (ordem de répteis que abrange tartarugas, cágados e jabutis) surgiram há aproximadamente 220 milhões.
Outro animal que chama atenção pelo nome e pela aparência é o dragão de komono, cuja origem data de cerca de 40 milhões de anos.
Os dragões de komodo pertecem ao gênero Varanus e foram encontrados pela primeira vez na Ásia, depois migraram para a Austrália, onde passaram por mutações relacionadas ao seu tamanho. Eles são considerados os maiores e mais pesados lagartos do mundo, medindo até 3 metros e podem chegar a 160 quilos.
Outra espécie que mais parece ter sido criada a partir de partes de outros animais, o mamífero que bota ovo chamado Ornitorrinco, também pode ser considerado um “fóssil vivo” já que fósseis de mamíferos parecidos com esses animais datam de cerca de 146 milhões de anos.
Menos fofas e encontradas em muitos lugares, as baratas também estão nesse grupo, já que suas origens remontam ao período anterior aos dos dinossauros. Fosséis desse inseto foram descobertos em 2016 na cidade de Mafra, em Santa Catarina, e as amostras coletadas datam de cerca de 65 milhões de anos.
De aparência assustadora, o tubarão-cobra também é considerado um “fóssil vivo” – os primeiros registros deste animal foram encontrados a cerca de 80 milhões de anos.
Fonte: CNN Brasil
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