Registros fotográficos foram feitos em expedições científicas de 2013 a 2019 e têm curadoria de pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP
Com o objetivo de divulgar a ciência polar e celebrar a Semana dos Oceanos, a exposição fotográfica virtual Mar Gelado mostra paisagens deslumbrantes e a biodiversidade existente nas águas da Antártida. Realizada pelo laboratório MicrOcean do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, a exposição também pretende contribuir para a difusão de conhecimentos no contexto da Década dos Oceanos, que tem o objetivo de conscientizar sobre a conservação e uso sustentável dos recursos marinhos.
Os registros fotográficos foram feitos em expedições científicas realizadas anualmente de 2013 a 2016, além de 2019, a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano. Os registros abrangem diferentes localidades no Oceano Austral, incluindo o Estreito de Gerlache, o Estreito de Bransfield, a Baía do Almirantado, a Ilha Half Moon, a Ilha Deception, a Baía Esperanza e o Canal Antártico, além dos canais chilenos, vistos durante a travessia para a Antártida.
São 102 fotografias organizadas em ordem cronológica, da expedição mais antiga para a mais recente, com uma breve descrição que inclui a localidade, o ano e a fonte.
A curadoria das imagens foi realizada pela estudante Lilian Rocha Carneiro e pela professora Camila Negrão Signori, ambas do IO. Formada em Oceanografia, mestre em Ciências Biológicas, doutora em Microbiologia e pesquisadora de Pós-Doutorado, Camila participou de várias expedições científicas, incluindo cinco viagens à Antártida e um mergulho nas profundezas do Pacífico. Ela também coordena o projeto de extensão universitária Mergulho na Ciência.
“Fazer ciência nesse imenso laboratório natural a céu aberto é um privilégio”, destacam as curadoras na apresentação da exposição. Elas também explicam que a Antártida é o continente mais frio, com a maior altitude média, o mais seco e com mais vento, além de estar coberto por um manto de gelo que contém a maior reserva (70%) de água doce do planeta. Um ecossistema peculiar compõe a biodiversidade do local, com baleias, lobos-marinhos, focas-marinhas, elefantes-marinhos, pinguins, além de espécies de zooplâncton, algas, líquens e musgos, fitoplâncton e microrganismos.
Pesquisadores na praia e ao fundo, o Navio Polar Almirante Maximiano, em 2016 – Foto: Acervo Projeto Interbiota Instalações da Estação Esperanza da Argentina, um dos poucos assentamentos permanentes no continente antártico, em 2013 – Foto: Acervo Projeto Interbiota
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Os autores das fotos são: Camila Negrão Signori, do IO; Eduardo Resende Secchi, professor da Universidade Federal do Rio Grande; Elisa Seyboth, pesquisadora da FURG e University of Cape Town; Luis Felipe Araujo, comandante da Marinha do Brasil; e Stefan Sievert, pesquisador do Woods Hole Oceanographic Institution, dos Estados Unidos.
As imagens da exposição virtual são resultado de expedições realizadas em atividades dos projetos científicos Interbiota (Interações biológicas em ecossistemas marinhos próximos à Península Antártica sob diferentes impactos de câmbios climáticos) e EcoPelagos (Respostas do Ecossistema Pelágico às mudanças climáticas no Oceano Austral), integrantes do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Para saber mais sobre o Proantar, acesse: www.marinha.mil.br/secirm/proantar
Confira a exposição Mar Gelado no endereço: www.mergulhonaciencia.com/exposicao-mar-gelado
Fonte: Jornal da USP
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