A primeira parte da COP da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de Kunming (COP15) foi iniciada virtualmente nesta 2ª feira (11/10). Adiado por conta da pandemia, o encontro foi dividido em duas etapas, sendo que a segunda está prevista para acontecer presencialmente entre abril e maio de 2022 na China.
A principal novidade foi o compromisso do governo chinês em criar um fundo para proteção da biodiversidade nos países em desenvolvimento, com dotação inicial de US$ 233 milhões. O presidente da China, Xi Jinping, convidou os países desenvolvidos a contribuírem com o novo fundo. O mandatário também pediu aos negociadores que avancem com novas metas de proteção ambiental.
“Diante da dupla tarefa de recuperação econômica e proteção ambiental, os países em desenvolvimento precisam de ajuda e apoio”, disse Xi Jinping. AFP, Folha e Climate Home deram mais informações.
Já Lúcia Müzell destacou na RFI a resistência dos negociadores brasileiros à adoção dessas metas de proteção da biodiversidade, em especial aquela que amplia as áreas terrestres e marinhas protegidas de 17% para 30% até 2030. A principal bronca do Brasil está no risco de que países compradores de commodities possam cobrar dos vendedores garantias de que esses produtos não estão associados a atividades ambientalmente destrutivas, como desmatamento.
O primeiro resultado concreto da COP15 da CDB é a Declaração de Kunming, assinada por mais de 100 países nesta 4ª feira (13/10), na qual se comprometem a criar um novo pacto global para proteção da biodiversidade. O texto pede “ação urgente e integrada” para incorporar questões referentes à biodiversidade em todos os setores da economia. No entanto, como O Globo observou, o documento deixou em aberto diversos pontos (entre eles, as metas de conservação), que deverão ser discutidos na etapa final da Conferência. A Reuters também repercutiu a declaração.
Fonte: ClimaInfo
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