O ministério da justiça divulgou nesta 5ª feira (22/7) um novo plano estratégico para combater queimadas em todo o Brasil, com foco prioritário na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal. De acordo com o ministro Anderson Torres, seis mil profissionais atuarão em prevenção, repressão e investigação de casos relacionados a queimadas e a outros crimes ambientais. As ações envolverão fiscais do IBAMA e do ICMBio e contingentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, além de agentes de segurança e profissionais especializados dos estados e do Distrito Federal. Ao todo, pelo menos 6,5 mil agentes, policiais e fiscais ambientais serão envolvidos na operação.
O plano é apresentado em meio a um aumento expressivo nos focos de fogo no Brasil. A Amazônia fechou junho com o maior número de queimadas para o mês desde 2007, pelo segundo ano consecutivo. Já o Pantanal, devastado no ano passado por queimadas que consumiram mais de ¼ do bioma, também sofre com o fogo, e o Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência no último dia 13.
A situação não surpreende. Desde o começo do ano, por causa da estiagem que atinge boa parte do país, já se sabia que o país enfrentaria uma temporada seca mais perigosa. Tal como no setor elétrico, o governo federal optou por não se antecipar à crise e agir em cima da hora.
Agência Brasil, Folha e G1 deram mais informações sobre o plano antiqueimadas.
Em tempo: Cleide Carvalho abordou n’O Globo a situação da Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes, no Acre. Só neste ano, ela perdeu 13 km2 de floresta nativa, segundo dados do Imazon. Moradores e ativistas dizem que a reserva está sendo loteada por terceiros desde que a Câmara começou a discutir um projeto de lei que propõe a redução da área da Unidade de Conservação.
Fonte: ClimaInfo
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