A fabricante de aeronaves Skydweller anunciou que seu novo protótipo de avião solar não-tripulado, de mesmo nome, concluiu seu primeiro teste de voo autônomo. A multinacional dos Estados Unidos e Espanha efetuou um total de 10 pousos e decolagem na cidade espanhola de Albacete, utilizando apenas os sistemas GNC (Autonomia e orientação, Navegação e Controle).
Os voos tiveram acompanhamento de pilotos, tal como em testes de sistemas de direção beta, mas foi totalmente orientado pelo sistema de geolocalização da Skydweller. Para realizar os testes, a aeronave utilizou coordenadas no espaço aéreo, ajustando-se enquanto se aproximava de cada ponto, até entrar em um circuito de voo em loop fechado.
Os voos em loop aconteceram para testar a capacidade do sistema de detectar alterações climáticas, bem como a qualidade dos loops de voo em diferentes altitudes. Sensores de decolagem, pouso e de comunicações também foram postos em testes antes da próxima etapa.
“Estas demonstrações de sucesso provam a habilidade da empresa em desenvolver, testar e integrar capacidades de sistemas autônomos com segurança tanto em aviões novos quanto em já existentes”, afirma em nota o Líder de Estratégia da empresa, John Parkes.
Meta da Skydweller é que avião solar voe infinitamente
Para a próxima etapa do avião solar, a Skydweller está trabalhando em componentes que permitam um voo infinito. No momento, este objetivo está limitado por questões técnicas: a aeronave está majoritariamente equipada com componentes de aviões comerciais convencionais — que, à bem da verdade, não foram feitos para voar tanto assim.
Segundo os desenvolvedores, no momento a tecnologia permite que a aeronave voe ininterruptamente por 90 dias, embora a empresa almeja com o dia em que o Skydweller consiga voar para sempre. E tecnicamente, isso não é impossível, já que a aeronave pode se abastecer pelos painéis solares em pleno voo.
A Skydweller ainda irá direcionar a aeronave para baterias posteriores de testes nos próximos meses.
Fonte: Olhar Digital
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