BRASÍLIA – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta segunda-feira (19) a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida, droga testada em pacientes dos hospitais da Samel, em Manaus, no início deste ano. Também será testada uma terceira dose da vacina AstraZeneca.
De acordo com a Anvisa, no caso da Proxalutamida trata-se de um estudo de fase 3, randomizado (baseia-se na comparação entre duas ou mais intervenções, as quais são controladas pelos pesquisadores e aplicadas de forma aleatória em um grupo de participantes) para avaliar a eficácia e a segurança da substância em participantes ambulatoriais do sexo masculino com Covid-19 leve a moderada.
No estudo da Applied Biology com pacientes com Covid-19 internados nos hospitais da Samel em Manaus, os pesquisadores apontaram que a droga reduz o tempo médio de internação, o número de mortes e a realização de intubações. Os testes foram feitos durante 14 dias com pacientes em estado grave e hospitalizados por até 72 horas.
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No domingo (18), após alta do hospital no qual estava internado, o presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso do medicamento. O mandatário disse que iria cobrar do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um estudo sobre a droga. Segundo Bolsonaro, ela já estaria sendo usada contra a doença em outros países.
O estudo autorizado pela Anvisa nesta segunda-feira é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, e será realizado na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil, onde participarão 12 voluntários do estado de Roraima e outros 38 de São Paulo.
Terceira dose
O estudo da terceira dose da vacina de Oxford ocorrerá apenas no Brasil, com 10 mil voluntários de cinco estados (Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e São Paulo) que participaram do estudo inicial da vacina. A terceira dose será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.
Serão incluídos voluntários com idade entre 18 e 55 anos, que estejam altamente expostos à infecção com o novo coronavírus, como profissionais de saúde. Não serão incluídas gestantes ou pessoas com comorbidades.
Fonte: Amazonas Atual
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