Dois meses depois das eleições nacionais, a Alemanha finalmente conheceu nesta 4ª feira (24/11) o novo governo do país, chefiado pelo líder social-democrata Olaf Scholz. A nova coalizão governista contará com apoio do Partido Verde, 3º mais votado na disputa de setembro passado, quando teve seu melhor resultado da história, e do Partido Democrático Liberal, encerrando assim um período de 16 anos da chanceler Angela Merkel.
A expectativa é de que o novo chanceler assuma o comando do país no começo de dezembro, após os três partidos aprovarem o programa de governo negociado pelos líderes partidários nas últimas semanas.
A questão climática ganhou destaque prioritário entre os objetivos da nova gestão. De acordo com o plano apresentado por Scholz, a Alemanha buscará intensificar sua transição para fontes de energia limpa, tendo como meta chegar a 80% de representatividade na matriz elétrica do país até 2030. O novo governo também se comprometeu a deixar de queimar carvão para geração de energia até o final desta década, oito anos antes da meta atual do governo Merkel. Outro objetivo climático do governo Scholz será ampliar a circulação de carros elétricos na Alemanha, de maneira a chegar ao final desta década com pelo menos 15 milhões de veículos desta tecnologia nas ruas. A Reuters fez um apanhado dos objetivos climáticos do futuro governo alemão.
Além disso, a líder verde Annalena Baerbock assumirá o ministério de relações exteriores do país no governo Scholz, uma indicação que sinaliza problemas para o Brasil no relacionamento futuro com a Alemanha – afinal, como o Opera Mundi bem observou, Baerbock é crítica notória do governo de Jair Bolsonaro. Outro representante do Partido Verde, Robert Habeck, será o novo ministro da economia e clima, uma nova pasta que reforça a centralidade da questão climática no programa de governo de Scholz.
Associated Press, Bloomberg, El País, Financial Times, Guardian, Reuters e Wall Street Journal também repercutiram a notícia e destacaram os compromissos climáticos do futuro governo Scholz na Alemanha.
Fonte: ClimaInfo
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