Nelson Azevedo
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A imagem de alguns equipamentos públicos com leitos vazios, mais a previsão do ex-ministro Mandetta, da Saúde, de que seremos o primeiro a sair da crise, se somam à clareza das descobertas do economista e empresário Denis Minev. Em seus estudos, ele provou com dados econométricos que o pico da pandemia já passou. É hora, portanto, de renovar as precauções na direção da rotina produtiva, com prudência e competência.
A angústia da pandemia não pode impedir nossa autonomia de olhar mais adiante, sob pena de vermos naufragar todos os projetos que nos unem e – porque nos unem – nos fortalecem e nos obrigam a avançar na busca de soluções. Não há bola de cristal nem curandeiros de plantão. O importante é reafirmar que somos parceiros da mesma catraia, com necessidades e habilidades que acabamos de descobrir.
Por que é preciso trabalhar?
Por que é importante ampliar as demandas das entidades da indústria para manter as atividades de manufatura, sem descuidar dos protocolos de proteção e precaução de nossos colaboradores? Por que interromper o setor eletro-eletrônico, informática e de duas-rodas, e todos aqueles que lhes dão suporte, se os demais setores da economia precisam ficar em casa, ou melhor trabalhar em casa? Como assegurar as condições do trabalho em casa? E o que é essencial quando se trata de manter ou não manter a continuidade a qualidade de vida e das relações pessoais e corporativas? Temos que ser verdadeiros e coerentes para encarar e gerenciar essas questões.
Para que as pessoas sigam vivendo em casa, cumprindo o isolamento social, mantendo a integridade física, mental e afetiva, elas precisam dos serviços no modo delivery, por exemplo, através do qual as famílias compram e recebem em casa seus produtos da rotina diária. O veículo mais rápido e mais racional é o de duas rodas. Por isso, este segmento é essencial bem como seus serviços de venda e manutenção, é claro!
O essencial e o necessário
E se os serviços essenciais de sobrevivência dos negócios, em suas diversas modalidades, passaram a ser feitos em casa, o home office, como é que ficam as demandas de tantos produtos? Eis porque os eletroeletrônicos e os itens de informática precisam ser produzidos para não prejudicar essa rotina laboral que se impôs. As empresas e seus fornecedores não podem cessar de oferecer tais produtos. Usando a lupa do bom senso iremos descobrir que não existe fábricas de produtos inúteis. Sua necessidade momentânea pode até gerar controvérsias, entre o conceito de essencial em oposição ao acessório. Entretanto, nenhum investidor aplicaria recursos em produtos sem demandas nem retorno.
Protocolos do rigor
Desse ponto de vista, temos apenas que resguardar a saúde dos colaboradores como as empresas estão fazendo, seguindo minuciosamente as normas exigidas pelas autoridades sanitárias. E, mais do que nunca, é hora de trabalhar, adensar, diversificar e modernizar o Polo Industrial de Manaus. Descobrimos que depender totalmente da cadeia global (asiática, melhor dizendo) de suprimentos, além de temerário é insano. Tivemos que paralisar diversas linhas de produção e aprender a fazer em toque de caixa os equipamentos de proteção individual. A temeridade vai dar lugar a uma autonomia crescente e inteligente, assim como a insensatez nos fará descobrir nossas habilidades e competências adormecidas.
Economia e cidadania
A imagem de alguns equipamentos públicos com leitos vazios, mais a previsão do ex-ministro Mandetta, da Saúde, de que seremos o primeiro a sair da crise, se somam à clareza das descobertas do economista e empresário Denis Minev. Em seus estudos, ele provou com dados econométricos que o pico da pandemia já passou. É hora, portanto, de renovar as precauções na direção da rotina produtiva, com prudência e competência.
A hora é agora
Ainda não podemos dizer que o futuro já chegou. Nosso programa de desenvolvimento, a Zona Franca de Manaus, criada para substituir importações, voltou a se credenciar como tal. Já estamos vivendo o limiar de um novo tempo, as mudanças que nos arrancaram da zona de conforto vieram para ficar. Descobrimos habilidades e redescobrimos valores, o sentido da vida em família, e em comunhão com parceiros da caminhada produtiva, nos flagramos mais solidários e menos céticos, aproveitando as vantagens da comunicação virtual sem descuidar das regras e condutas do mundo real.
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