A Comissão Europeia segue debruçada sobre a nova meta climática do bloco para 2030. De acordo com a Bloomberg, uma das medidas discutidas para viabilizar novos cortes de emissões de carbono na próxima década é o incentivo ao mercado de carros elétricos, com o objetivo de aumentar consideravelmente a frota de veículos eletrificados ou híbridos para pelo menos 30 milhões de unidades. A meta é ambiciosa, já que atualmente pouco mais de 1,4 milhão de carros elétricos circulam na UE.
Para que o objetivo saia do papel, a indústria automobilística europeia será obrigada a acelerar a transição para modelos elétricos ainda mais rápido do que se esperava. Além do impulso para os carros elétricos, o plano da UE prevê também dobrar o tráfego ferroviário de carga e triplicar o tráfego de trens de alta velocidade até 2050, o que diminuiria a dependência de caminhões e ônibus no transporte de carga e de passageiros. A Reuters também deu a notícia.
No entanto, o tabuleiro político da UE segue complicado para a aprovação da nova meta climática. Polônia e República Tcheca seguem reticentes quanto à possibilidade de se elevar o objetivo de redução de emissões do bloco para 55% até 2030 com relação aos níveis 1990 – pelo menos, sem que haja algum tipo de compensação financeira que beneficie esses países, ávidos consumidores de carvão para geração de energia. Além da dupla, outras nações do Leste Europeu também desejam que a política climática da UE não restrinja o uso de outros tipos de tecnologia energética mais polêmicos, como gás natural e nuclear. Financial Times e Reuters deram um panorama da situação.
Fonte: ClimaInfo
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