Nelson Azevedo(*)
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“Na entrevista, o superintendente Menezes anotou, com relação ao respirador, que o equipamentos é 40% plástico e nosso parque tecnológico neste setor é imbatível. Os outros 40% fica por conta da indústria de split, e o resto é Mecatrônica de primeira que o Senai oferece. Sim, nós podemos e vontade política não vai faltar.”
Li e reli com muita satisfação a entrevista dada pelo superintendente da Suframa, Coronel Alfredo Menezes, à Coluna Follow Up, do CIEAM, sobre algumas das ações da autarquia, notadamente a diversificação produtiva com o Polo Industrial da Saúde. Uma atitude das melhores, sob todos os pontos de vista. A iniciativa dá um alento oportuno e necessário para o setor médico-hospitalar de Manaus e do Brasil. De quebra, já vem com a informação de que nós dispomos de todos requisitos para transformar este sonho numa realidade que, aliás, já está em andamento. Depois de tanta agonia e dor, todos nós estávamos precisando de uma boa notícia com essa envergadura.
Coerência e efetividade
Para quem se deu ao trabalho de prestar atenção as primeiras entrevistas do Superintendente Menezes, vai resgatar a coerência entre palavras e ações na sua administração até aqui.
“Vim cumprir uma missão do presidente Jair Bolsonaro”. Muito clara e objetiva, aliás. Fazer o que tinha que ser feito. E todos nós que aqui labutamos, já experimentamos os avanços e execução desta missão que está em andamento. Na entrevista, sobre a construção do Polo Industrial da Saúde, lembrou que, para adensar a planta industrial, através de Portaria, já direcionou as verbas de pesquisa e desenvolvimento para esta área. Aquelas verbas que nós nos acostumamos a ver – recolhidas por nossas empresas – utilizadas em aplicações como o financiamento do Programa Ciência Sem Fronteiras, estranhos à ZFM e à Lei, ficarão aqui. As verbas de P&D irão prioritariamente para o Polo de Saúde. Isto é, riqueza aqui gerada, riqueza aqui aplicada. Este é o começo de realização p daquilo que sempre quisemos que fosse feito. Valeu, Coronel!
CBA, as esperanças renascem
E não foi apenas essa atitude que deixou bem clara a grandeza de seus propósitos e a firmeza de seus compromissos. No CBA, Centro de Biotecnologia da Amazônia, uma iniciativa do setor produtivo, paga pelo setor produtivo, há vinte anos estava andando em zigue-zague, sequer dispunha de CNPJ, ou seja, definição do seu modelo de negócios. Com sua determinação, podemos prever que esse imbróglio tem boas chances de ser resolvido. Enquanto isso, o CBA avançará em biofármacos e antígenos de extrema necessidade para diversas terapêuticas,
Vontade política
Em várias de minhas reflexões, no que diz respeito a adensar o Polo Industrial de Manaus, tenho publicado sugestões muito próximas, muito coincidentes com seus propósitos. Refiro-me à nova cadeia global de suprimentos, um movimento que já se ensaia e que nós, no grito, já deslanchamos com a produção de diversos equipamentos para proteger os profissionais de saúde e os pacientes nessa pandemia medonha. Na entrevista, o superintendente Menezes anotou, com relação ao respirador, que o equipamentos é 40% plástico e nosso parque tecnológico neste setor é imbatível. Os outros 40% fica por conta da indústria de split, e o resto é Mecatrônica de primeira que o Senai oferece. Sim, nós podemos e vontade política não vai faltar.
O entrave do PPB chega ao fim
Ainda quero me referir ao embargo de gaveta que o famigerado GT-PPB nos ímpios durante tanto tempo. Uma de suas iniciativa e conquistas de sua gestão foi estabelecer o Marco Regulatório do PPB, simplificando, antecipando e conferindo transparência e fluidez do processo de liberação. E mais: trouxe para o interior do Conselho de Administração da Suframa o locus de decisão sobre aquilo que pode ser fabricado em Manaus. Isso, todos nós testemunhamos, tinha que ser feito. E foi feito com a prontidão e o detalhamento operacional de que precisávamos, incluindo limites substantivos de importação de insumos. Tínhamos PPB travado há uma década como o de luminárias de LED. Isso ficou no passado.
Distrito Agropecuário da Suframa
Por fim, o destravamento do Distrito Agropecuário da Suframa, outra pendência que deveria ter sido feita há décadas. Sou testemunha participativa dos avanços. Agora, num processo de licitação em cima de projetos viáveis, os agricultores poderão ter sua identidade fundiária definida. Passarão a existir, ter cidadania fiscal e autoridade junto ao Sistema Financeiro. De quebra, o Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva já ensaia os primeiros passos para se tornar modelo demonstrativo para os demais municípios interessados em adota-ló como referência. E isso serve para toda a área de gestão da Suframa. Parabéns, Coronel! Estamos no rumo certo e muito bem acompanhados. Muito obrigado!
(*) Nelson é economista, empresário e vice-presidente da FIEAM e presidente do SIMMEM, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânica e de Material Elétrico de Manaus.
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