A fumaça de queimadas oriunda do Paraguai, do Pantanal e da região amazônica voltou a ser visível nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul. Uma frente semi-estacionária se encontra sobre o território gaúcho e trouxe um dia de tempo fechado para grande parte do Estado. No Norte e no Noroeste gaúcho, contudo, como se previa, a presença de ar quente trouxe a presença do sol e no durante a tarde foi perceptível a fumaça em cidades destas regiões como Passo Fundo e Santa Rosa.
Como se sabe que é fumaça de queimadas? O aspecto acinzentado do céu não se deve à presença de névoa e sim pela presença de material particulado resultante da queima de biomassa trazido por correntes de vento que se originam ou passam pelas áreas que estão registrando muitas queimadas e que chegavam até o Norte e o Noroeste gaúcho.
A imagem do sensor de aerossóis do satélite SUOMI NPP de hoje mostrava nitidamente o corredor de fumaça que se originava na região amazônica e vinha até o Noroeste e o Norte do Rio Grande do Sul. No caminho, este “corredor” era alimentado por fumaça principalmente de queimadas no Paraguai e no Pantanal.
Na imagem de observa que as áreas com maior densidade de fumaça eram o Mato Grosso, em especial a região Sul do Estado na localidade de Poconé, a divisa da Bolívia com Rondônia, o Sul do Acre e o Norte do Paraguai.
À medida que a frente estará recuando para o Sul ainda mais nesta terça, a densidade da fumaça durante a terça pode ser ainda maior no Noroeste e no Norte gaúcho que devem ter a presença do sol outra vez.
Na quarta, com o tempo mais aberto em outras regiões do Rio Grande do Sul, a fumaça será perceptível em maior número de municípios. E como na quarta haverá uma corrente de jato em baixos níveis sobre o Rio Grande do Sul atuando com grande intensidade e esta corrente é o principal motor do transporte da fumaça do Norte para o Rio Grande do Sul, a quantidade de fumaça na atmosfera sobre o território gaúcho na quarta pode ser expressiva.
Fonte: MetSul
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