A Bloomberg divulgou ontem (27/10) a edição 2020 de seu relatório New Energy Outlook, que traça um panorama da situação atual do setor energético em todo o mundo e as perspectivas para o futuro da geração de energia. Duas informações chamaram a atenção.
Primeiro, o documento indicou que as fontes renováveis de energia devem ganhar espaço cada vez maior, impulsionadas por investimentos estimados em US$ 11 trilhões nos próximos 30 anos. As gerações eólica e solar devem representar mais da metade da matriz elétrica global em 2050. No entanto, o relatório alerta que o ritmo de expansão da geração renovável precisa aumentar ainda mais para que o aquecimento global não supere os 2°C até o final do século.
Segundo: a queda das emissões causada pela pandemia de COVID-19 pode ter precipitado o pico global das emissões decorrentes da queima de combustível fóssil e carvão. Pelas projeções, as emissões associadas à geração de energia deverão cair aproximadamente 8% em 2020, mas mesmo que elas aumentem nos próximos anos, em virtude da retomada econômica, elas não voltarão aos níveis registrados em 2019. O relatório estima que, de 2027 em diante, elas entrarão em uma espiral contínua de queda, a uma taxa de 0,7% ao ano até 2050. Para o petróleo, o relatório projeta um pico de demanda em 2035, seguido por uma queda contínua de 0,7% ao ano até 2050, quando ele estará comparável com os níveis de 2018.
Fonte: ClimaInfo
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