Dados do INPE mostram que a 1ª quinzena de setembro de 2020 já acumula mais queimadas na Amazônia do que durante os 30 dias de setembro de 2019. Entre os dias 1º e 15 de setembro, foram identificados 21.349 focos, bem acima dos 19.925 de setembro de 2019.
O Estadão relata o agregado das queimadas amazônicas neste ano: de janeiro até agora, 65.362 focos de incêndio foram registrados na floresta, o que representa 73% do total registrado nos 12 meses de 2019, quando foram contabilizados 89.176 focos.
Já o El País noticiou que a Amazônia boliviana vive uma situação similar: o governo do país decretou “emergência nacional” em virtude do avanço dos incêndios na floresta, que já destruíram mais de meio milhão de hectares. A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, afirmou que pretende recorrer à ajuda internacional para conseguir conter as chamas e se comprometeu a identificar e responsabilizar eventuais culpados por incêndios intencionais na mata.
Enquanto a Floresta Amazônica queima, o governo brasileiro segue recorrendo a ginásticas retóricas e propostas recicladas para tentar aplacar ao menos a ira de investidores e governos estrangeiros – já que apagar o fogo não tem sido o forte (e nem o foco) de Brasília. De acordo com o Estadão, a “novidade” do governo é a criação de uma nova força de fiscalização, com poder de polícia, para atuar na região amazônica, ao estilo de uma “força tática”. A atuação desse agrupamento seria paralela à dos órgãos ambientais de fiscalização, como Ibama e ICMBio. A ideia, que vem sendo puxada pelo vice Mourão, é mobilizar militares inativos, com experiência na região.
Em tempo: O piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton se engajou em uma campanha organizada pelo WWF do Reino Unido que busca conscientizar o público britânico sobre a situação da Amazônia. Em sua conta no Twitter, o hexacampeão mundial publicou um vídeo sobre as queimadas que afligem a floresta e pedindo apoio às organizações que estão em campo lutando contra o fogo.
Fonte: ClimaInfo
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