Alfredo MR Lopes (*) [email protected]
“Não podemos perder mais tempo, nem recursos, muito menos privar das saídas esta geração de jovens inquietos e desolados pela obscuridade de seu amanhã. À luta!”
Prestes a completar duas décadas, a Universidade do estado do Amazonas, a maior instituição multicampi do Brasil, presente nos 62 municípios do Amazonas do estado, disparada mente é o maior legado que as empresas deixam para esta e as futuras gerações. Referimo-nos, especialmente, ao segmento industrial, e80% de nossa base econômica, e tão atacada por seus concorrentes de outras regiões que se recusam a entender seus acertos e disposição de avançar na direção de uma Amazônia próspera. A qualificação dos jovens, extraindo suas habilidades e talentos na grande fábrica de construção do futuro, eis o mote. É orgulho de todos celebrar a UEA como instituição, pela garra de sua direção administrativa, pela criatividade de professores, alunos e funcionários, que tem procurado formular parcerias do mais alto nível com instituições internacionalmente reconhecidas, como a Universidade de São Paulo e a Federal de Minas Gerais entre tantas outras com quem as parcerias se avolumam. Seu papel é e será cada vez mais preponderante na consolidação dos novos projetos que se ensaiam na paisagem do desenvolvimento regional, ambientalmente equilibrados e economicamente promissores.
O retorno à floresta
E qual é o melhor investimento de recursos materiais e humanos senão promover o retorna à floresta? De lá extraímos 30 anos de pujança econômica com a extração da borracha. De lá, os biopiratas aproveitam a ausência de uma política inteligente e competente para saquear o tesouro genético. A nova legislação de acesso à Biodiversidade é armadilha tributária muito mais do que a promoção da prosperidade regional. Temos vacilado ao dar o passo seguinte do extrativismo na direção do empreendedorismo fabril. Este caminho – que ainda não entendemos direito – temos que alargar com pesquisas abrangentes de cadeias produtivas factíveis – e assoalhar a caminhada com produtos de que a Humanidade carece.
A imitação da vida
Tarefas nos espreitam, tal como a higidez integral dos alimentos funcionais, das proteínas aquáticas, da dermocosmética da longevidade, bem-estar e beleza… E o que dizer dos medicamentos focados na eficácia da cura mais do que na efetividade do lucro? E se os desafios climáticos empurram a agroeconomia para a sustentabilidade, a Biotecnologia, naturalmente, já disse a que veio, na construção da prosperidade a partir dos bioparadigmas florestais. A Biomimese é a trilha que usa a nanobiotecnologia para equacionar a intuição de Alfred Wallace de que os seres vivos tem estrutura biomolecular original similares e convergentes. Tomara que os biólogos da Amazônia possam fazer justiça com este naturalista inglês e colocar, no lugar merecido, a Teoria da Evolução, pirateada por Darwin a partir dos rumos da evolução detectados por Wallace.
Tudo começa agora
Este debate da Bioeconomia já borbulha nos corredores da UEA, e os recentes eventos que a Universidade promove e/ou abriga tem exatamente essa configuração e intuição positiva. E se a Biotecnologia é considerada a economia do século XXI e a biodiversidade é um pilar da bioeconomia, como diz o folheto do mais novo evento da UEA nesta semana, nada mais prazeroso do que o borbulhar bioempreendedor. Aplausos ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), pelo I Encontro de Bioeconomia e Sociobiodiversidade na Amazônia, com apoio da GIZ / Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável, da UEA e do WWF, organizado por GREEN RIO. Novos encontros e misturas, a vida que se deixa visitar e a todos aguarda com acolhida retumbante e redentora de suas soluções e promessas insistentes. Não podemos perder mais tempo, nem recursos, muito menos privar das saídas esta geração de jovens inquietos e desolados pela obscuridade de seu amanhã. À luta!
(*) Alfredo é consultor do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas
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