Foto: Gisele Alfaia
Artigo Nelson Azevedo(*) [email protected]
Com a aprovação no Senado, já podemos considerar que as mudanças na Lei de Informática – com o resguardo dos direitos legais e vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus – representam mais uma vitória em favor dos investimentos e desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado. Importante é persistir sempre na conquista da segurança jurídica. Esta Lei incentiva a indústria de informática e obriga as empresas do setor a financiar pesquisa, desenvolvimento e inovação. Cabe aqui destacar o empenho obstinado de nossa bancada federal que, mesmo diminuta, tem sido combativa e competente para honrar seus compromissos com a população do Amazonas. Agora é o momento de confraternização, sem contudo desligar o pé da tomada, porque a luta sempre continuar e as ameaças não dão trégua. Logo, tudo apenas recomeça.
Conquista vital
E qual é a importância, no dia seguinte desta vitória, do segmento de Informática dentro das perspectivas de adensamento, diversificação e interiorização da indústria instalada no Amazonas, na agroindústria e demais negócios que se ensaiam e que nos desafiam a partir deste Programa de Acertos chamado Zona França de Manaus? Algo tem importância essencial quando sem ele o conjunto não existe. Informática, portanto, é o elo de viabilidade e comunicação da mudança. Informática conecta coisas, pessoas, produção, gestão, o tempo e o movimento.
O virtual agora é real
A Informática é cada dia mais familiar no chão de fábrica. Nosso cotidiano está em estado permanente de conectividade no limiar da virtualidade. As empresas do Polo Industrial de Manaus já vislumbram novos cenários virtuais e as vantagens de seu compartilhamento. Isso nos permite subverter os dogmas e descobrir que o mundo virtual passa a ser real. O passo seguinte é virtualizar linhas de produção, simular cadeia de suprimentos, racionalizando tempo, portanto, custos e incrementando a produtividade.
Desenvolvimento e sustentabilidade
Os termos que descrevem as mudanças da nova lei de informática, além de atender as exigências da Organização Mundial do Comércio, OMC, resguardam o compromisso de apoiar substantivamente pesquisa, desenvolvimento e inovação. Com isso, teremos a oportunidade de apoiar as iniciativas da indústria 4.0, e todos os seus anteparos de viabilidade tecnológica. Quem viabilizará essa mudança será Tecnologia da Comunicação e Informação -TIC. Nosso modo de ser e fazer se insere na maior floresta tropical da Terra, um bioma necessário ao clima e capaz de fornecer de modo sustentável as respostas de que a Humanidade precisa. Aqui, o desenvolvimento caminha nos critérios da sustentabilidade e tem que ser assim.
Samuel Benchimol, o paradigma
Caíram sobre nós as graças dos analistas da União Europeia e da Organização Mundial do Comércio. Isto ocorreu porque fizemos o dever de casa e, mesmo sendo uma região remota, já demonstramos habilidade e qualificação técnica para conciliar economia com ecologia, através da internet das coisas e da imitação da natureza. Estes dois exemplos ilustram nosso modo de achar soluções sustentáveis, socialmente justas, economicamente promissoras e politicamente corretas, como dizia o mestre Samuel Benchimol.
Adversidades e aprendizagem
Temos sempre em mira o desenvolvimento do Amazonas e da Amazônia Ocidental e nossa insistência – para promover a integração e a interação nacional criativa – são determinantes os recursos da Lei de informática para qualificar as novas gerações. Esses recursos, cuja aplicação carece de supervisão/auditoria permanente devem ainda fomentar novos empreendedores, decifrar os segredos, as promessas e as oportunidades de negócios da floresta, sem xenofobia, muito menos ingenuidade, mas com liberdade de escolher parceiros qualificados que possam ensinar e aprender uso sustentável dos recursos naturais. Por isso, as novas mudanças que garantem a indústria de informática – no Brasil em geral e na Amazônia em particular – é a melhor notícia que poderíamos viabilizar neste final de ano de ajustes, pleno de adversidades, de aprendizagem e de renovação para a luta.
(*) Nelson é economista, empresário e presidente da FIEAM em exercício
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