Mesmo com carência de mão de obra qualificada para a área, o setor de energias renováveis é muito forte no Brasil e as previsões apontam para uma crescente no setor com mais empregos e mais investimentos
Segundo dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), o Brasil representa atualmente 10% dos empregos “verdes” globais. O estudo “Plano Nordeste Potência”, realizado pelo Centro Brasil no Clima, Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Clima Info, sugere que este mercado em expansão poderá gerar mais 2 milhões de vagas de trabalho nos próximos cinco anos.
300 mil novos postos de trabalho
Estima-se que apenas em 2023, o setor de energia solar criará 300 mil novos postos de trabalho no país e atrairá mais de R$50 bilhões em investimentos para o mercado brasileiro, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O estudo também indica que 13% das vagas criadas em energias renováveis serão para graduados do ensino superior, enquanto 50% serão para técnicos e 37% não exigirão qualificação específica.
Necessidade de formação técnica
Apesar da expansão do mercado de energia, ainda existe uma lacuna na formação técnica e profissional para este crescente mercado de trabalho. Organizações como o Instituto Clima Info, Absolar, e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica) defendem parcerias entre o governo, empresas e universidades para aumentar a qualificação em energias renováveis, evitando assim um possível gargalo na expansão do mercado de trabalho do setor.
Atualmente, o Brasil é o oitavo maior gerador de energia solar no mundo e ocupa a terceira posição no ranking mundial de geração renovável pela Irena. Em 2023, o país planeja adicionar mais de 10 GW à sua geração solar fotovoltaica e atingir uma capacidade instalada acumulada de 34 GW. Isso representa um crescimento de mais de 50% em relação à potência atual, o que pode fazer de 2023 o melhor ano da história do setor no país.
Inovação e democratização da energia solar
A energia solar no Brasil ultrapassou 30 gigawatts (GW) de potência instalada em maio deste ano, um volume que reflete a capacidade dos painéis fotovoltaicos instalados em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos e pequenos terrenos do país, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expansão da energia solar no Brasil está abrindo caminho para inovações, como a tecnologia de energia limpa compartilhada, que poderá trazer grandes transformações na democratização do acesso à energia limpa no país nos próximos anos.
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