Só por isso valeria a pena empreender na Amazônia, uma planta industrial sem chaminés, que produz itens de classe mundial, com tecnologia avançada e sustentabilidade associada diretamente a prosperidade social.
Por Paulo Takeuchi
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Vamos começar pelo que nós fazemos e o benefício que oferecemos ao Brasil. Somos uma entidade de fabricantes de veículos de duas rodas, a ABRACICLO. Juntamos empresas que fabricam veículos de duas rodas há 50 anos na floresta. Ou seja, geramos empregos e nossas atividades geram oportunidades e ajudam a proteger a floresta. Aqui vamos dizer como e o quanto nós nos orgulhamos de fazer isto.
E mais: vamos demonstrar que estes veículos têm a cara da Amazônia, não apenas porque são absoluta maioria no meio de transportes nos municípios da floresta, mas também porque se integram na paisagem harmoniosamente, permitindo a experiência de contemplação e proteção deste imensurável patrimônio natural. De quebra, ilustramos com clareza o conceito de sustentabilidade de que muito se fala e muito ainda precisa ser feito. E mais: Mobilidade Urbana é um vetor determinante da base econômica e dinamização das relações sociais.
As empresas instaladas em Manaus mantêm integralmente a UEA, Universidade do Estado do Amazonas, presente em todos os 62 municípios. É a maior instituição multicampi do país e o Amazonas, com 1 559 167,878 km², é o maior estado da federação, com área superior à França, Espanha, Suécia e Grécia juntas. E o mais preservado, com manutenção de 95% de sua cobertura vegetal original. Geramos 106 mil empregos diretos no Polo Industrial de Manaus (PIM) e 500 mil indiretos na região, segundo o IBGE.
Além da UEA, as empresas repassam para o poder público local mais duas contribuições importantes: uma de R$ 1 bilhão por ano, para o Fundo de Turismo e Interiorização do Desenvolvimento, e outra de R$ 300 milhões, para o fomento de Micro e Pequenas empresas. Não existe contribuição similar na história da República para promover o desenvolvimento regional sustentável de uma região. Infelizmente, 75% da riqueza aqui gerada é repassada, porém, para o Governo Federal. Se isso fosse aplicado na região, como determina a Constituição quando autoriza compensação fiscal, nós já teríamos feito uma revolução social, econômica, científica e tecnológica, pacífica e construtiva, sem precisar desmatar a floresta.
E por que dizemos que fabricar veículos de duas rodas na floresta faz bem ao Brasil? É importante anotar. Conservar a floresta em pé permite que as árvores captem a umidade provocada pelos oceanos. Como dizem os cientistas, com essa umidade e a força da fotossíntese, “…as plantas, das imensas castanheiras às pequenas violetas, são verdadeiras bombas hidráulicas naturais. Elas estão constantemente puxando água de suas raízes até as folhas mais altas, e bombeando açúcares produzidos por suas folhas de volta para as raízes”. Pelo fenômeno da evapotranspiração, se formam as nuvens que carregam em estado gasoso bilhões de toneladas de água para o Sudeste do país e Sul do Continente, os reservatórios e a agricultura fazem festa, benefícios e riquezas a partir disso.
Só por isso valeria a pena empreender na Amazônia, uma planta industrial sem chaminés, que produz itens de classe mundial, com tecnologia avançada e sustentabilidade associada diretamente a prosperidade social. São inúmeros os benefícios oferecidos, mas não são maiores que os benefícios frustrados por conta do confisco federal. E tudo isso é feito com menos de 8% dos gastos fiscais do Brasil para levar em frente o maior programa de redução das desigualdades regionais da história da República. Até a próxima!
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