Universidade do Estado do Amazonas (UEA) apresenta soluções na COP30 que unem bioeconomia, tecnologia, justiça climática e protagonismo científico da Amazônia.
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está entre os destaques da COP30 com uma série de iniciativas voltadas à bioeconomia, inovação tecnológica, energias renováveis e justiça climática. Os projetos estão sendo apresentados na Green Zone, em colaboração com a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), e reforçam o compromisso da universidade com a transformação do conhecimento científico em ações concretas para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.
“Cada projeto representa a capacidade da UEA de transformar ciência em inovação e gerar benefícios reais para a Amazônia”, destacou o reitor André Zogahib. Entre os trabalhos em exibição, o projeto Diesel Verde investiga o uso de plantas oleaginosas nativas na produção de biocombustíveis avançados. A iniciativa é financiada pela Eneva e pela Aneel, com participação do Instituto Senai e da empresa Essenz Soluções.
Já o Laboratório de Sistemas Embarcados (LSE) da UEA apresenta três tecnologias de impacto: o sistema Curupira, que detecta desmatamento e queimadas; o Yara, voltado ao monitoramento da qualidade da água do rio Amazonas e o Uirapuru, que utiliza inteligência artificial para acompanhar a biodiversidade e promover educação ambiental em comunidades do município de Manicoré (AM).
Outro projeto destaque é o ProQAS/AM, que realiza uma expedição científica de Manaus a Belém, coletando dados sobre a qualidade da água, do ar e dos solos em oito municípios amazônicos. Os primeiros resultados da pesquisa serão divulgados durante a conferência.
A UEA também participa da construção de redes internacionais de pesquisa por meio do projeto PaCTAS, que promove a integração científica entre Brasil, Peru e Colômbia, conectando universidades, empreendedores e comunidades da tríplice fronteira.
Na área jurídica, um projeto inovador do curso de Direito propõe um modelo de justiça climática comunitária, no qual comunidades ribeirinhas passam a gerir seus próprios créditos de carbono, combinando conservação ambiental e geração de renda. A proposta será implementada, inicialmente, nos municípios amazonenses de Careiro da Várzea e Careiro Castanho.