Com foco em soluções práticas, Minev destaca agroflorestas como chave para aliar sustentabilidade e desenvolvimento econômico na Amazônia.
Durante a COP30, realizada em Belém (PA), o empresário Denis Minev, enviado para representar o setor privado da Amazônia, defendeu um novo modelo de desenvolvimento econômico para a região, baseado na regeneração produtiva de áreas degradadas.
No painel “Desbloqueando o Financiamento Climático para Agrofloresta Regenerativa”, promovido na Zona Azul nesta terça-feira (11), Minev destacou a urgência de integrar sustentabilidade, inovação tecnológica e instrumentos financeiros para impulsionar sistemas agroflorestais na Amazônia.
De acordo com o empresário, há cerca de 70 milhões de hectares de terras degradadas ou subutilizadas na região. Para ele, recuperar esses territórios pode representar um ponto de virada para a floresta e a economia local. “Se a gente consegue transformar essa terra degradada em terra de alta produtividade, então ganhamos o jogo e a Amazônia pode se tornar uma região próspera”, afirmou.
Minev também apontou que os principais obstáculos à regeneração econômica da Amazônia são estruturais, envolvendo desde a segurança fundiária até o acesso a crédito de longo prazo. Segundo ele, é necessário um esforço conjunto entre políticas públicas, setor produtivo e comunidade científica para viabilizar modelos sustentáveis e atrativos para investidores.
“A minha pauta principal é contribuir para a transformação da economia da Amazônia em economia mais sustentável e próspera. Eu gostaria que nós fôssemos muito mais ricos e que tivéssemos muito mais Amazônia. Isso será possível com as tecnologias que nós já desenvolvemos”, completou.
Além do painel sobre agroflorestas, Denis Minev participará, no dia 17, do debate “Agenda Positiva do Agro”, promovido pelo Conselhão, que reunirá representantes do governo, setor produtivo e pesquisadores para discutir práticas agrícolas que conciliem produtividade e conservação ambiental.