Biodiversidade na Amazônia: o governo federal introduziu o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), uma estratégia inovadora destinada a impulsionar o crescimento econômico e a geração de empregos na região amazônica de 2024 a 2027.
O projeto, delineado pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), tem como principais pilares o aumento da produtividade, a eficiência e a recuperação fiscal, mirando na diminuição das desigualdades regionais que marcam o território.
O Prof. Paulo Artaxo, renomado coordenador do Centro de Estudos da Amazônia Sustentável da Universidade de São Paulo (USP), destaca a importância do plano como uma oportunidade de promover um desenvolvimento regional que seja ambientalmente sustentável, mantendo a floresta de pé e, simultaneamente, abordando as desigualdades sociais e regionais endêmicas da Amazônia.
Um dos principais desafios para a região, segundo Artaxo, é a questão energética. A maior parte das cidades amazônicas depende de diesel para energia e transporte, uma solução insustentável a longo prazo. Alternativas como energia solar e eólica enfrentam obstáculos devido às condições climáticas e geográficas únicas da Amazônia, levando à necessidade de inovações, como a geração de eletricidade em rios de baixo fluxo.
A agropecuária também desempenha um papel central na transformação da paisagem amazônica, com cerca de 19% da floresta original já devastada para dar lugar a atividades agrícolas, especialmente nos estados do Pará, norte de Mato Grosso e Rondônia. O plano enfatiza a importância de encontrar práticas de manejo que sejam ecologicamente sustentáveis. Além disso, ressalta-se a relevância da agricultura familiar, que necessita de suporte contínuo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e governos locais para prosperar.
Essa iniciativa marca um passo fundamental para a integração plena da Amazônia ao restante do Brasil, valorizando sua biodiversidade única como uma fonte de desenvolvimento econômico local e enfrentando os desafios sociais e ambientais que há muito tempo definem a região.
*Com informações JORNAL DA USP
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