O Ministro do Turismo, Celso Sabino, apresentou uma iniciativa ambiciosa durante uma sessão da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado na última terça-feira, 23 de abril. O projeto, denominado “Open Sky” (Céu Aberto), tem como objetivo principal aumentar a frota de aviões comerciais operando na Amazônia Legal, uma medida que pode transformar o cenário atual de transporte aéreo na região.
A Amazônia Legal, conhecida por sua vasta extensão e baixa densidade populacional, enfrenta desafios significativos no que diz respeito à mobilidade aérea. Com poucas aeronaves disponíveis, os moradores e visitantes da região sofrem com preços de passagens elevados, limitando severamente a acessibilidade e o desenvolvimento turístico e econômico.
Para combater essa situação, o projeto “Open Sky” propõe a criação de acordos comerciais com países do Mercosul — Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai — permitindo uma maior liberdade no tráfego aéreo. A ideia é que esses acordos operem sob o princípio de reciprocidade, uma estratégia diplomática que garante que as aeronaves de cada país participante possam voar para o Brasil, e reciprocamente, as aeronaves brasileiras possam operar nos países parceiros.
“Nós adotamos a reciprocidade, então nós fazemos acordos de aviação civil com países que permitem que nossos aviões voem lá, e os deles voem aqui”, explicou Sabino, detalhando o funcionamento do acordo. Esta abertura do espaço aéreo não apenas aumentaria o número de voos disponíveis, mas também incentivaria a entrada de novas companhias aéreas no mercado, potencialmente baixando os custos das passagens aéreas e elevando a qualidade dos serviços oferecidos.
O projeto já passou por várias etapas de aprovação, recebendo pareceres favoráveis de todos os ministérios relevantes, com o Itamaraty realizando os últimos ajustes. Segundo o ministro, esses ajustes são cruciais para que o projeto seja encaminhado para avaliação final do Congresso Nacional.
A sessão também contou com a presença do senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da comissão, que destacou os benefícios esperados da implementação do “Open Sky”. “A proposta vai aumentar a concorrência e vai fazer os preços caírem, além de elevar o serviço prestado”, afirmou Castro.
Se aprovado, o projeto “Open Sky” não só facilitará o trânsito entre os países do Mercosul e o Brasil, mas também promoverá uma maior integração econômica e cultural.
Para a Amazônia Legal, a expectativa é de que essa nova política traga um aumento significativo no turismo, maior integração com o restante do país e uma notável melhoria na qualidade de vida de seus habitantes por meio de um acesso mais fácil e econômico ao transporte aéreo.
*Com informações PODER 360º
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