O Ministério dos Povos Indígenas do Brasil está traçando planos para garantir uma participação significativa dos povos originários na Conferência do Clima de Belém (COP30), prevista para 2025
Sob a liderança da ministra Sônia Guajajara, a iniciativa busca integrar representantes indígenas diretamente nas negociações e eventos da conferência.
Durante a Brazil Conference na Universidade de Harvard, Guajajara anunciou a intenção de formar “diplomatas indígenas” para que tenham uma voz ativa no diálogo climático global. “Queremos que as lideranças jovens indígenas interajam diretamente com os negociadores da COP”, enfatizou a ministra. Um chamado público será lançado em breve para selecionar os participantes deste programa inovador.
O esforço para envolver os povos indígenas na COP30 reflete um movimento mais amplo do Brasil para fortalecer a cooperação climática internacional. A inclusão de grupos sociais frequentemente marginalizados marca um ponto estratégico na abordagem do país às questões climáticas.
A valorização da preservação florestal em contraposição à exploração desenfreada foi um tema central no discurso de Guajajara. “É hora de valorizar a floresta em pé”, afirmou, sublinhando o papel crucial dos povos indígenas no combate à crise climática.
A iniciativa brasileira de promover a diplomacia indígena na COP30 é aplaudida internacionalmente, especialmente em um cenário geopolítico tenso. Analistas como May Boeve e Ilan Zugman, da organização 350.org, ressaltaram em uma publicação na Euronews a importância do Brasil assumir um papel de liderança no enfrentamento das mudanças climáticas.
Com essa estratégia, o Brasil busca não apenas reforçar seu compromisso com o meio ambiente, mas também estimular ações políticas globais necessárias para mitigar os impactos do caos climático.
*Com informações CLIMA INFO
Comentários