Até 2030, países da América Latina planejam implantar usinas eólicas e solares que somam 319 gigawatts (GW) em potência instalada. Desse total, quase 70% – 217 GW – estão previstos para o Brasil, considerando projetos de grande escala em construção, em pré-construção ou já anunciados. Os números são de um relatório do Global Energy Monitor (GEM), organização sediada nos Estados Unidos que monitora o desenvolvimento da energia limpa.
Se conseguir esse feito, aponta o GEM, a América Latina vai aumentar em 460% sua atual capacidade instalada em energia eólica e solar, informa o UOL. E a instalação dessas fontes renováveis vai representar 70% de toda a sua capacidade elétrica atual, de 457 GW – número que inclui também a geração à base de combustíveis fósseis, explica a epbr.
A grande vantagem, contudo, é que o continente estará a caminho de atender – e potencialmente superar – as metas net zero regionais de energia renovável da Agência Internacional de Energia (IEA) para 2030, ressalta o estudo. Isso inclui não apenas os grandes projetos, mas também a capacidade solar distribuída e de menor escala já existente na região.
O Brasil já é líder em geração eólica e renovável no continente, com 27 GW instalados em grandes usinas eólicas e solares, mostra o Gizmodo. O país é seguido de perto pelo México (20 GW), com Chile (10 GW), Argentina (5 GW) e Uruguai (2 GW) vindo bem atrás.
Considerando os parques eólicos e solares projetados, o ranking muda, mas somente a partir da segunda posição. Como já mencionado, o Brasil tem 217 GW projetados. Atrás, vêm Chile (38 GW), Colômbia (37 GW), Peru (10 GW) e México (7 GW).
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que a capacidade instalada de geração solar no Brasil atingiu 26 GW no fim de fevereiro. Com isso, a fonte superou a energia eólica, que responde por 25 GW de potência. A grande maioria dos projetos solares são de pequeno porte, na modalidade geração distribuída – quando o próprio consumidor instala painéis solares fotovoltaicos para gerar sua energia, informam o Valor e o Estadão.
Com isso, a energia solar se tornou a segunda fonte de energia elétrica do país. Fica atrás apenas da hidroeletricidade.
Texto publicado em CLIMA INFO
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