Nos primeiros dez dias de setembro, o Amazonas registrou alarmantes 3.925 focos de queimadas, consolidando este período como o segundo mais devastador desde 2021. Diante da crescente ameaça ambiental, o governador Wilson Lima decretou emergência ambiental no estado na terça-feira, 12 de setembro.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmou que, até o momento, o estado contabiliza 11.736 queimadas em 2023. A grave situação levou ao decreto de emergência em diversos municípios, abrangendo localidades tanto no sul do estado quanto na Região Metropolitana de Manaus. A medida prevê uma duração de 90 dias e visa uma resposta mais robusta contra o desmatamento ilegal e as queimadas.
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) assumirá a liderança na articulação das estratégias, em parceria com órgãos locais. Enquanto isso, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) estará à frente da operacionalização das ações de combate, contando também com o suporte da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).
Uma notícia que oferece um vislumbre de esperança é o investimento de R$ 1,1 milhão destinado à remuneração de 153 brigadistas que trabalharão em nove municípios, particularmente na região denominada “arco do desmatamento”. Esta área é notória por apresentar os maiores números de focos de calor. Este projeto é o fruto da cooperação entre a Sema e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com suporte financeiro da organização Rewild, destinado à compra de equipamentos e materiais. O projeto terá a duração de sete meses.
Além dos brigadistas, várias operações já estão em andamento, contando com um efetivo significativo de 339 agentes, incluindo profissionais estaduais, membros da Força Nacional, Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e Ipaam.
Visando um monitoramento mais eficaz e uma resposta mais ágil às queimadas, o Corpo de Bombeiros estabeleceu uma sala de situação dedicada ao Painel do Fogo, uma ferramenta que permite o rastreamento via satélite dos focos de calor. Este espaço não só monitorará as ocorrências, mas também consolidará os dados técnicos e detalhados dos incêndios registrados diariamente no estado.
A medida tomada pelo governador Wilson Lima reforça a urgência e a seriedade da situação ambiental enfrentada pelo Amazonas, e destaca a necessidade de ações coordenadas e robustas para proteger a floresta amazônica, um tesouro global.
*Com informações G1
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