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Economia, academia e cidadania na Amazônia: considerações emergenciais – Follow Up – Parte I

Estevao Monteiro de Paula Publicado por Estevao Monteiro de Paula
05/11/2020
em Amazônia, Economia e Política, Follow Up
Economia, academia e cidadania na Amazônia: considerações emergenciais – Follow Up – Parte I
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Cláudio Ruy Vasconcelos Fonseca (*) 

Estevao Vicente Cavalcanti Monteiro de Paula (**)  

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Dois grandes parceiros do Setor Produtivo –  na busca da diversificação das matrizes econômicas para o Amazonas e região – sempre atentos e colaborativos, levantam neste oportuno artigo algumas das questões que envolvem o desenvolvimento sustentável, nosso modo de trabalhar há mais de meio século. Ao polemizar alguns conceitos, os autores jogam luzes para um debate construtivo e inadiável.

Alfredo Lopes
____________________

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Precisamos romper com diálogos de mudos ou de analfabetos em Libra que descrevem a relação entre economia e academia no país e, emergencialmente, na Amazônia. Nesse movimento, caberia redirecionar a hegemonia de segmentos econômicos com racionalidade ambiental para tratar os destinos do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Isso é imprescindível para o ordenamento de atividades com sustentabilidade econômica e ambiental. Em todos os segmentos ambientais o pensamento econômico deve ser incorporado e os economistas  não podem ignorar o ambiente natural e sim adotá-lo nos processos econômicos. 

O logocentrismo da ciência moderna, como solução para a questão do desenvolvimento sustentável, precisa ser revisitado pela necessidade de que a resposta de um assunto desta natureza requer uma abordagem holística, um imperativo que costuma ausentar-se da cosmovisão da maioria dos cientistas. Sem dúvida, são capazes de contextualizar o seu objeto de estudo, mas é provável que tenham dificuldades em sugerir como crescer ou manter a economia do Estado com a conservação dos recursos naturais.

Estevão Vicente possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Amazonas (1979), mestrado em Engenharia de Estruturas na Escola de Engenharia de São Carlos pela Universidade de São Paulo (1981) e Ph.D. – University of Tennessee (1989) dos EUA. Membro da comissão de revisão da ABNT NBR 7190:1997 – Norma de Calculo e Estrutura de Madeira da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Exerceu atividades de Presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (órgão estadual de meio ambiente), Gerente do Centro Técnico Operacional de Manaus do Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM, Diretor Substituto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA e Coordenador Geral de Pesquisas do INPA. Representou o Estado do Amazonas em comissões técnicas no Peru e Alemanha. Coordenou projetos de pesquisas na área de uso e tecnologia de Madeira, entre outras funções como gestor público de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. 

É estranho consultar somente cientistas ligados às ciências naturais, quando o assunto sustentável, admitindo que o desenvolvimento aqui explicitado trata também de bem estar, equidades sociais e econômicas. Tem sido comum carrear para ONG´s ambientalistas, academias e instituto de pesquisas, a maior responsabilidade para o promover o desenvolvimento no interior do Amazonas. Historicamente, este caminho tem-se revelado incipiente e moroso no contexto de uma sociedade que se caracteriza por mudanças rápidas.  

Nas últimas décadas, consolidou-se uma cultura “ambientalista” que produz o raciocínio de que a economia sufoca o meio ambiente com o uso desproporcional dos recursos naturais. Portanto, é compreensível que todas as discussões sobre desenvolvimento sustentável sejam confiadas para ONG´s ambientalistas e estudiosos das ciências naturais: a gênese das questões ambientais foram direcionadas para conhecer e compreender a causa e os efeitos do uso desproporcional dos recursos naturais.  Consequentemente, a formação acadêmica dos ambientalistas, e outras áreas correlatas, dificilmente incluem a ideia de mercado e negócios. São positivistas e quando se manifestam raramente contextualizam dentro de um fenômeno de natureza socioeconômica.  Mesmo assim, o conhecimento produzido por eles é de extrema importância para dar suporte de valoração de ativos naturais e seu manejo adequado .  

Recentemente, a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), por meio da Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (Rebipp), no seu relatório temático aponta que “o serviço ecossistêmico prestados pelos animais polinizadoras à agricultura brasileira contribuiu com o valor estimado de R$ 43 bilhões em 2018.”  Para chegar neste valor os pesquisadores envolvidos neste projeto responderam à pergunta de quanto custaria se os seres humanos fizessem os mesmos serviços que os polinizadores fazem. Ironicamente, isto se contrapõe a todos que criticam a pesquisa básica. É a partir dela que se conhece uma espécie, e se descobre como ela se comporta e se relaciona com o ambiente em que vive.  Sem estes estudos seria inviável prover informações suficiente para que outros engenheiros e economistas chegassem à conclusão do quanto é valiosa a atividade destes animais entregando serviços ecológicos. Compete, pois, aos que se formaram em ciências econômicas adotar os conhecimentos advindos da pesquisa básica e encontrar os custos dos serviços ecossistêmicos. Portanto, é imprescindível a participação de professores, pesquisadores e estudiosos, em geral, em projetos de desenvolvimento formulados pelo setor empresarial e por especialistas da área econômica e social. 

Mas, onde estão nossos economistas para, de fato, enveredarem pelo desenvolvimento sustentável da região amazônica. O que fazer para envolvê-los em estudos que considerem o conhecimento das questões ambientais como suporte para seus projetos?  Os projetos e planos econômicos estão contemplando as questões ambientais? Porque o Estado não altera os requisitos dos Estudos de Impacto Ambiental e dos Relatórios de Impacto Ambiental – EIA/Rima, com a inserção econômica mais forte? Nos planos de negócios desenvolvidos para empresas na Amazônia já está incorporada a dimensão ambiental? Temos extrema admiração por alguns que empreendem em Manaus; afinal, este paradigma precisa ser adotado na economia e na economia para todo aquele que se propor a ser agente propulsor do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Diante da crise em que atualmente se vive, com o Brasil sofrendo pressões das mais diversas sobre a forma de sua gestão do patrimônio natural brasileiro, deve-se rever os erros atuais e os do passado, para tornar verdadeiro este sonho amazônico de consolidar um modelo econômico sólido, próspero e independente. Os exemplos positivos de aproveitamento racional dos ativos econômicos naturais ainda são tímidos e sem reflexos para economia do Estado. 

Entra ano e sai ano, cada governo que assume a gestão do Estado apresenta novas estratégias para o desenvolvimento sustentável. Longe de ser gestão efetiva e participativa dos desafios que a tarefa exige, o que se vê é a fulanização e a egolatria serem superpostas em detrimento dos avanços de que precisamos para alcançar novos patamares entre diversidade biológica e prosperidade social.

Por sorte, nos dias de hoje, a racionalidade ambiental já está internalizada em todos os segmentos sociais e econômicos, tornando possível a elaboração de projetos de desenvolvimento por meio do diálogo entre saberes com articulações interdisciplinares. As abordagens dos problemas devem ser feitas de forma holística, centralizadas nos segmentos econômicos para propor alternativas de oportunidades de negócios.

A Ciência – Novo paradigma de pesquisa cientifica de uso intensivo de dados

É comum reclamarmos ou ouvirmos queixas de que o sistema não funciona ou o sistema está sendo injusto com alguém.  Na realidade, são os algoritmos que têm se tornando cada vez mais importantes na vida do ser humano; eles estão sendo desenvolvidos principalmente com o objetivo de entender o comportamento humano, com foco na estratégia digital que uma determinada empresa possa empregar para conquistar cada vez mais o seu cliente.

Cláudio Ruy Vasconcelos Fonseca possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1976), mestrado em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1982) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo (1988). Atualmente é pesquisador titular III do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Taxonomia dos Grupos Recentes, atuando principalmente nos seguintes temas: Coleoptera, Biodiversidade, Amazônia, Taxonomia e Passalidae.

De uma forma simples, pode-se dizer que algoritmo é um modelo matemático transformado em linguagem computacional que segue uma lógica sistemática de resultados. Nos últimos anos os avanços na aplicação dos algoritmos revitalizaram um curso que vem atuando sem o destaque devido, dada a sua importância. Os matemáticos começam a ocupar novos espaços cada dia mais, utilizando-se cada vez mais de ferramentas e conceitos inovadores para apoiar o desenvolvimento de algoritmos sofisticados que tragam benefícios a sociedade. Não obstante, a matemática deverá continuar a ser um instrumento de principal importância para as demais áreas de conhecimento, especialmente a estatística, nestes novos tempos.

Hoje, a questão da inteligência artificial está chegando a um ponto que pode tornar-se temerário. Com a evolução de biosensores, começamos a descobrir que as emoções do ser humano são padronizadas e como tal podem ser transformadas em algoritmos. Assim, no futuro será possível que a inteligência artificial provoque em seres humanos a emoção/comportamento que deseja; evidentemente, os modelos de algoritmos são feitos por humanos que serão considerados como elites, de acordo com o historiador Israelense Yuval Harari.  Seremos dominados, no futuro, por esse formato digital/existencial ? Qual é o estágio de conhecimento que temos para tornarmo-nos mais competitivos neste cenário?

O Estado do Amazonas possui grandes professores e técnicos em aplicativos que têm como base o desenvolvimento de algoritmos. É conhecido nos bastidores da academia do Estado do Amazonas, um case que rendeu de R$50 milhões na venda de um aplicativo de busca, feito por um grupo de técnicos amazonenses a uma grande empresa. A pergunta é: por que não se aproveitar mais dessa inteligência, recompensando-a adequadamente, e direcionando-a para o desenvolvimento do Estado?

São necessárias mudanças radicais dentro de um novo paradigma, evitando a ciência habituada a descrever fenômenos e com pouca capacidade de previsibilidade sobre eventos que possam ocorrer relativos às atividades bióticas e abióticas. Não se trata da previsibilidade que hoje se aponta em termos muito gerais, a exemplo da mudança climática. Mas, de modelos mais aproximados que possam estimar, com nível de confiabilidade, os resultados econômicos e ambientais de atividades econômicas e sociais.  Ao mesmo tempo, será possível acompanhar, em tempo real, o desenvolvimento de determinadas atividades em qualquer lugar do mundo.

Trata-se, no entanto, de uma atividade altamente complexa que envolve uma rede de diferentes atores, com relações não lineares, e que contam com variáveis quantitativas e qualitativas. Algumas das variáveis podem ter métricas, outras contam com fatores subjetivos que precisam ser parametrizados para a elaboração de um modelo mais próximo possível da realidade. A complexidade para o desenvolvimento de um algoritmo adequado é o envolvimento de variáveis probabilísticas com pouquíssimas informações para fomentar e calibrar o sistema.

Confira a continuação do texto clicando aqui

Assuntos: academiaAmazonasAmazôniaambientalistabiodiversidadeBPBESdesenvolvimento sustentáveleconomiaequidades sociaisInteligência ArtificialONGspositivistasracionalidade ambientalRebipprecursos naturaissustentabilidade
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