Por Nelson Azevedo
Tivemos a honra, recentemente, de contar com a presença de uma comitiva do governo federal para conhecer de perto as operações da Zona Franca de Manaus, dentro do programa da CNI ‘Conhecendo a Indústria’. Este evento ganha extrema relevância num momento em que nossa economia está na belinda e em que precisamos pensar nossa região com vinculações e compromissos de brasilidade. Estavam entre os participantes do programa representantes do Tribunal Nacional de Contabilidade (TCU), ministérios da Economia, Ciência e Tecnologia, Agricultura além da Câmara dos Deputados e Senado Federal, da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia(Sudam), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), alguns departamentos da presidência da República e os parceiros da CNI e anfitriões da Fieam. Um providencial acontecimento.
Atribuições estratégicas
A visita começou com um seminário de apresentação de nossa indústria, ocorrido no dia 10. nana sede da Federação da Indústria, onde a comitiva teve a oportunidade de conhecer o que fazemos, as dificuldades que enfrentamos e as condições de que precisamos para ampliar os acertos e benefícios que o Amazonas e a Indústria tem oferecido na redução das desigualdades regionais, na geração de empregos pelo país afora e proteção florestal com seus respectivos serviços ambientais. Certamente os visitantes conseguiram entender a natureza de economia, uma política de estado com atribuições estratégicas e não de governo, de um ou dois mandatos. Foi, então, possível mensurar os benefícios conquistados e muitos deles suprimidos, pelo confisco de nossas receitas destinadas para outros fins
Vitrines invejáveis
Os visitantes tiveram a chance de conhecer as instalações da Samsung e da Moto Honda, duas vitrines invejáveis de nossa Indústria sustentável e um ponto alto as instalações do CAT 8, a Creche Francisco Garcia, que atende filhos dos colaboradores da Indústria. Um deles recomendou destaque a essa vertente social de primeira grandeza. Nesse contexto, eles captam a necessidade de infraestrutura para assegurar a competitividade e consolidação dos nossos empreendimentos. Balizamento e dragagem das hidrovias, integração rodoviária do Estado ao resto do país, com a recuperação da BR 319, Manaus a Porto-Velho. Para tanto, bastaria a cada ano dedicar 5% do faturamento da Indústria para as obras de infraestrutura. De quebra, assegurar os avanços conquistados pela Suframa para flexibilizar e respeitar os prazos de liberacão dos PPBs. os processos produtivos básicos, necessários ao adensamento e diversificação de empresas e produtos e recuperação dos postos de trabalho.
Conexão federal Há três anos, o Tribunal de Contas da União, após um exaustivo levantamento de 2006 a 2016, concluiu a desconexão entre os órgãos federais no Amazonas, com desperdício de recursos e de oportunidades, além de ações públicas sem coordenação comum, aumentando a distância de Brasília da realidade local. Daí os frequentes ataques a nossa economia fruto do desconhecimento e da desconexão que começa entre os agentes federais do Estado que desconhecem o que os demais atores federais estão fazendo. Por isso a importância da comitiva, da iniciativa da CNI, da integração federal no ato de conhecer, para respeitar e apoiar os direitos constitucionais que amparam esta que é a mais acertada política fiscal de desenvolvimento regional.Sejam sempre bem-vindos!
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